A centralização dos poderes em nossa República contamina a gestão pública do país. A união tem dificuldades ao enfrentar a crise financeira internacional assim como os estados. Tais atitudes são constatadas nas políticas públicas e principalmente nas da Educação.
O Índice Firjan de Emprego e Renda e Desenvolvimento Municipal (IFDM), divulgado em dezembro, evidencia as deformações da nossa centralização republicana ao olhar os mais de 5.500 municípios.
O Rio tem no IFDM de 2010 um índice de 0,823, considerado alto. Ele é o quarto melhor dos 27 estados do país e detêm o segundo PIB. Entretanto, dos fatores considerados na formação do índice (educação, saúde, emprego e renda), o nosso estado tem o pior desempenho em educação: 0,769 contra 0,8254 em saúde e 0,8745 em E&R. Apesar dos grandes investimentos devido a Copa e as Olimpíadas, os índices evidenciam o ‘copia e cola’ do projeto federal de segurar a crise com o único vetor do pleno emprego para mão de obra com baixa qualificação.
O IFDM no Estado do Rio apresenta resultados lamentáveis. Na Baixada, cidades limites com a capital, encontramos: Nilópolis, 0,6060; Guapimirim, 0,6120; Japeri, 0,6120, e Paracambi, 0,6486. Tais índices se aproximam dos piores estados, onde o Amapá, com 0,62, e Alagoas,0,59, fecham o quadro difícil do País.
Os dados evidenciam a falta de política pública. O planejamento do governo do estado não consegue olhar para os nossos municípios e alimenta a crise social, sustentando índices de analfabetismo funcional e baixa formação cultural.
A educação pública é o melhor meio de desenvolvimento em nossa era. Precisamos dar consistência cultural ao país para garantir nossa humanidade. Além de não perdermos os avanços da revolução tecnológica e científica instalada em todo o mundo.
Comte Bittencourt é deputado estadual pelo PPS e presidente da Comissão de Educação da Alerj
Fonte: O Dia /RJ
Nenhum comentário:
Postar um comentário