Atenta aos movimentos do governador Eduardo Campos (PSB), a presidente Dilma Rousseff (PT) resolveu reforçar as tentativas de aproximar-se do socialista, com quem está longe de manter a relação de confiança que tinha o ex-presidente Lula. Bastou começar 2013 que, em menos de 15 dias, ela reuniu-se duas vezes com Eduardo e, de quebra, agendou uma visita a Pernambuco para o dia 18 de fevereiro.A despeito do crescimento dos socialistas nas últimas eleições municipais, o posto de legenda protagonista no cenário nacional ainda pertence ao PMDB, dono da maior bancada no Senado e detentor do maior número de prefeituras. Os peemedebistas continuam, dessa forma, como aliado estratégico número um do governo federal. "O PT não vai abdicar da parceria com o PMDB pela magnitude que o partido tem hoje. O PMDB está na iminência de ganhar a presidência das duas casas congressuais e, quem tem isso, tem força para indicar o vice-presidente da República", avalia Torquato.
Por isso, as chances de Eduardo Campos tornar-se vice de Dilma são consideradas remotas. A aposta é que ele se lance para uma disputa presidencial apenas na condição de cabeça de chapa seja em 2014, seja em 2018. "Essa tentativa de despiste faz parte do jogo político. Quem não anda, não se movimenta, não aparece. Ele tem trabalhado para ser o centro da notícia e tem conseguido", afirma o analista.
Por outro lado, Dilma, ao mesmo tempo em que tenta "colar" o governador na base aliada, também se movimenta para minar a influência do socialista no Nordeste, onde o PSB comanda quatro Estados. Começou, na sexta-feira (18), pelo Piauí sua peregrinação por Estados da região que, até 2010, funcionou como principal território eleitoral do PT. Até fevereiro, ela prometeu passar ainda por Paraíba, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte, além de Pernambuco.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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