Por: Fábio Matos
A conferência política “A Esquerda Democrática Pensa o Brasil”, organizada pelo PPS e iniciada nesta quinta-feira no Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados, contou com a presença do líder do PSB e vice-presidente nacional da legenda, Beto Albuquerque (RS), que representou o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e aproveitou para defender o “novo” nas próximas eleições presidenciais.
Em um discurso pontuado pela preocupação com a alta da inflação e o baixo crescimento econômico do país, o parlamentar gaúcho deixou claro que o PSB não se curvará diante de eventuais pressões para que não lance candidatura própria à Presidência da República em 2014.
“Nós estamos chegando a um outro momento nacional que talvez não se realize com a repetição do mesmo, mas com o aparecimento do novo, do diferente. O Brasil ainda não resolveu todos os seus problemas. Há muito o que ser feito. Há muito a ser melhorado", afirmou Albuquerque. “Esse compromisso do passo adiante, do fazer mais, está posto e ninguém impedirá os nossos partidos de fazer o debate que o Brasil precisa fazer agora. A hora é de debater que futuro nós queremos para a nossa gente. O PSB, que fez parte dessa história, inclusive da recente, não é um partido candidato a sublegenda”, completou o deputado, em clara referência à possibilidade de Campos se candidatar ao Planalto no ano que vem.
No início de seu pronunciamento, o líder do PSB na Câmara destacou os fundamentos econômicos firmados durante os governos de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, com a criação do Plano Real. “Nossa caminhada não foi pequena e ainda não acabou, mas consolidou uma expectativa econômica deste país, que se tornou sólida, forte, baseada em princípios e contratos, com o Plano Real. Esse ciclo de consolidação da economia é um ciclo do qual nós fizemos parte. Itamar, Fernando Henrique e o começo do governo Lula consolidaram essa política econômica", disse.
Em tom crítico ao atual governo, o deputado do PSB afirmou que o país não pode ser novamente atingido pela inflação. “Não será com inflação alta, com baixo crescimento ou com baixo investimento que nós vamos dar sustentabilidade às conquistas sociais que esse país já encaminhou até agora”, disse Albuquerque.
‘Golpe’ contra novos partidos
O vice-presidente do PSB foi enfático ao tratar das pressões do atual governo para evitar que surjam novos partidos e citou o requerimento de urgência apresentado pela base governista na noite da última quarta-feira que defende a limitação de recursos do Fundo Partidário e do tempo de televisão às novas legendas.
“O golpe tentado ontem, no calar da noite, teve no PSB, no PPS, no PSDB, a resistência. Lamento que o governo se envolva em questões eleitorais e partidárias. A tarefa do governo não é se meter na organização dos partidos, mas cuidar do Brasil, combater a inflação... Esse é o papel do governo”, afirmou Albuquerque.
Fonte: Portal do PPS
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