Cristiane Bonfanti
BRASÍLIA- A distribuidora Ampla recebeu sinal verde para reajustar em 12,13% na média as tarifas de energia elétrica, a partir de segunda-feira. O índice, aprovado ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), vale para 2,4 milhões de unidades consumidoras localizadas em 66 municípios do Rio, sobretudo na região metropolitana de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Magé. Para os consumidores residenciais, atendidos em baixa tensão, o reajuste médio é de 11,93%.
No caso das tarifas de iluminação pública e rurais, o aumento será de 12,02%. Já para o segmento de alta tensão, que atende a indústrias e shoppings centers, por exemplo, a correção será de 12,43%. O aumento nas tarifas será realizado um mês após a data prevista de correção, que era 15 de março. O adiamento ocorreu a pedido da própria distribuidora, sob a justificativa de que havia dúvidas sobre o Decreto 7.945, que permitiu o uso da Conta de Desenvolvimento Energético para cobrir custos de geração de termelétrica.
Inicialmente, a Ampla pediu para prorrogar o reajuste para 30 de junho, a fim de “contribuir com os esforços do governo federal em reduzir as despesas embutidas no custo da energia”. Na terça-feira, no entanto, a diretoria colegiada da Aneel recusou, por unanimidade, a proposta, mas concedeu um mês de prazo. De acordo com a agência, o que deixou de ser faturado nesses 30 dias será incluído no cálculo da revisão tarifária do ano que vem.
O índice aprovado ficou abaixo dos 15,79% calculados pela Ampla, devido à decisão do governo de usar a Conta de Desenvolvimento Energético para cobrir custos da distribuidora com a geração de térmicas. O governo se preocupou com a possibilidade de o uso das térmicas anular o recente corte de 18% nas contas de luz das famílias, que no caso da indústria chegou a 32%. O novo reajuste vai incidir sobre a tarifa já reduzida.
Fonte: O Globo
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