Dá tristeza ver as universidades estaduais do Rio fora do ranking das 100 melhores instituições
Dá tristeza ver as universidades estaduais do Rio fora do ranking das 100 melhores instituições de Ensino Superior dos emergentes, organizado pela consultoria britânica Times Higher Education. O Brasil garantiu apenas quatro vagas, sendo que três delas com universidades estaduais de São Paulo, que conquistaram o 11º, o 24º e o 87º lugar.
O Rio ficou apenas com a 60ª posição, com a UFRJ. Nossas estaduais nem apareceram no ranking. Uma vergonha para o Rio, o segundo estado mais rico do país, que, há décadas, têm governadores que apelam à Justiça para não cumprir a determinação da Constituição Estadual de investir 35% do orçamento na Educação, sendo que 6% no Ensino Superior.
Os governos do Rio têm sido surdos aos apelos dos docentes e até mesmo da Alerj. Em 2008, aprovei emenda destinando estes recursos para as universidades. Mas o governo Cabral foi novamente à Justiça para não cumpri-la. Uma vitória de Pirro, haja vista o que têm sofrido as universidades estaduais.
Em vez de recursos para estruturar seus cursos e campus, a Uerj, a Uenf e a Uezo têm merecido descaso. Este ano, as verbas orçamentárias da Uerj acabaram em outubro. A Uenf não tem recursos para reajustar os salários da dedicação exclusiva. A Uezo, criada há oito anos, nem campus universitário tem.
O governo Cabral não ignora esta situação, pública e notória, mas, ao que tudo indica, acha mais importante gastar R$ 1 bilhão na reforma do Maracanã, do que destinar recursos para o Ensino Superior. Um descaso que comprometeu a liderança que o Rio sempre teve na área de ciência e tecnologia e, certamente, terá reflexos negativos no desenvolvimento econômico do estado. Uma falta de visão que o governo de São Paulo não tem.
Comte Bittencourt é deputado estadual e presidente do PPS-RJ, presidente da Comissão de Educação da Alerj
Fonte: O Dia
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