segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Painel - Vera Magalhães

Sem meia-volta
Auxiliares de Fernando Haddad reconhecem o isolamento político do prefeito de São Paulo, pelo qual culpam setores do PT interessados em "lotear" a administração. Apesar de derrotas significativas, como a sofrida na sexta-feira no Supremo Tribunal Federal, o núcleo duro de Haddad diz que ele não vai mudar sua forma de governar a cidade. Pelo contrário: em janeiro, a Controladoria-Geral do Município deve revelar nova leva de acusações contra políticos, inclusive governistas.

Terapia Depois de ficar abatido com a decisão do STF, no sábado Haddad já demonstrava bom humor. Assistiu à ópera La Bohème, de Puccini, no Theatro Municipal, e depois jantou com o maestro John Neschling.

Plantão O prefeito não deve tirar folga no início do ano. Quer evitar estar fora da cidade no pico das chuvas de verão, que costumam causar transtorno para o paulistano.

Calma lá Setores da prefeitura não endossam críticas de petistas a Joaquim Barbosa por ter mantido a decisão do Tribunal de Justiça sobre a tabela do IPTU. Há quem ache que a área jurídica errou ao recorrer ao Supremo.

Pista falsa A estratégia jurídica do município se baseou no fato de que o ex-presidente do TJ Ivan Sartori disse ao prefeito que eram remotas as chances de sucesso da ação anti-IPTU.

Trinca Caso Dilma Rousseff opte por uma saída caseira para substituir Alexandre Padilha no Ministério da Saúde, a escolha deve ficar entre três secretários da pasta: Jarbas Barbosa (Vigilância em Saúde), Mozart Sales (Gestão do Trabalho) e Helvécio Magalhães (Atenção à Saúde).

Calma O ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung diz que seu artigo com ressalvas à condução da política econômica do governo Dilma não tem nenhuma relação com sua decisão sobre eventual candidatura ao governo em 2014, que será tomada só depois de março.

Tela quente Dilma grava hoje seu pronunciamento de fim de ano, cuja data de exibição em cadeia nacional de TV ainda não está marcada. Hoje será exibida a mensagem do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Fio da meada Aliados de Renan se queixam da indiscrição do cirurgião Fernando Basto, responsável pelo implante capilar do senador. O peemedebista pretendia manter em sigilo a cirurgia --e seu deslocamento ao Recife (PE) em avião da FAB.

Sansão Enquanto políticos como José Dirceu e Renan se deslocam a Pernambuco para entregar as madeixas a Fernando Basto, o cirurgião ainda não conseguiu convencer o governador do Estado, Eduardo Campos, a fazer implante. O presidenciável do PSB prefere fazer tratamento anticalvície com remédio.

Sem... O governo de Pernambuco rebate informação do governo federal de que foi o único Estado a se recusar a fornecer imóvel para abrigar o programa Casa da Mulher, que integra vários órgãos de atendimento e defesa a mulheres vítimas de violência.

... placa Em reunião com a secretária nacional Eleonora Menecucci, a secretária estadual Cristina Buarque explicou que no Recife já havia atuação conjunta, mesmo com órgãos em imóveis separados. Pediu que os recursos fossem repassados a ações no interior, sem sucesso.

Azedou Tucanos ligados a Aécio Neves negam que desavenças com Andrea, irmã do senador, tenham sido o estopim do rompimento com Renato Pereira. O partido atribui o fim do contrato à estratégia de marketing, considerada equivocada.

TIROTEIO

"Como presidente do Congresso, Renan deveria estar careca de saber que não pode usar avião da FAB para fins particulares."
DO DEPUTADO CHICO ALENCAR (PSOL-RJ), sobre Renan Calheiros (PMDB) ter usado aeronave oficial para ir ao Recife se submeter a um implante capilar.

CONTRAPONTO

No mesmo fuso horário

Tucanos e aliados prestigiaram o lançamento da cartilha com 12 pontos programáticos que o pré-candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves (MG), fez na semana passada, em Brasília. Os deputados Eduardo Gomes (TO) e Augusto Carvalho (DF), do Solidariedade, estranharam o atraso de uma hora e meia para o início do ato.

--O Aécio chegou junto comigo. Não sei por que está tão atrasado --comentou Gomes.

--Ele é jeitoso. Deve ser o primeiro gesto para agradar o Serra --respondeu Carvalho, brincando com os famosos atrasos do ex-governador de São Paulo José Serra.

Fonte: Folha de S. Paulo

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