Beatriz Albuquerque
O marketing político encontrou nas mídias sociais uma ferramenta determinante para o crescimento dos candidatos durante o período de campanha eleitoral. Porém, a presença dos presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) na Web 2.0 foi intensificada há cerca de um ano das eleições, após a aliança entre o governador Eduardo Campos e a ex-senadora Marina Silva. A redefinição do cenário político acelerou a disputa por seguidores online. Se dependesse do ranking das redes sociais, o resultado das urnas seria diferente do apontado pelas pesquisas de intenção de voto.
A presidente Dilma Rousseff havia abandonado as contas nas redes sociais após um ano de governo. Entretanto, no ano pré-eleitoral, decidiu retomar o contato com os internautas. Após passar três anos com as contas desativadas, a reaparição de Dilma foi recebida com críticas no Twitter. Em outubro de 2013, ela passou a publicar por dia uma média de cinco postagens, divulgando as atividades no governo federal e exaltando o desenvolvimento do País. No Instagram (rede social para publicar fotos), o perfil da gestora é utilizado para reforçar o seu lado humano, através da publicação de imagens pessoais.
De acordo com a diretora-executiva da assessoria em mídias sociais Lefil, Socorro Macedo, uma das funções das mídias sociais, na política, é dar continuidade ao relacionamento com eleitor. "Através do gerenciamento e análise podemos mensurar o retorno do discurso e saber o que a população deseja. Com essas informações, podemos até contribuir na construção do programa de campanha", esclareceu, garantindo que monitoramento possibilita a visualização da posição do candidato nas urnas.
Crescimento
O governador Eduardo Campos foi o pré-candidato que mais conseguiu seguidores nas redes nos últimos três meses. Depois de anunciar a aliança com Marina Silva, o socialista duplicou o número de publicações no Facebook, atingindo uma média de quatro postagens diárias. A maior parte são imagens com frases sobre os resultados positivos da gestão estadual e propostas de mudanças para o País. A ferramenta virtual poderá ser uma alternativa ao pouco tempo de televisão do governador poderá ter na eleição.
Segundo colocado nas pesquisas de intenção de votos, Aécio Neves é o candidato menos envolvido em sua campanha virtual. Apesar do quantitativo de seguidores no Twitter, o senador nunca realizou nenhuma publicação no microblog. No Facebook, a média do tucano é de duas publicações por dia.
Através das redes sociais, também é possível monitorar a ação dos candidatos concorrentes. Porém, apesar de todos os benefícios, é preciso estar atento ao aspecto viral. "As questões negativas e positivas reverberam muito rápido com o uso das mídias sociais, é preciso ter cuidado", alerta Socorro.
Segundo a pesquisa desenvolvida pela Comscore e IAB, a mídia social ocupa 26 horas semanais no tempo dos consumidores e em perfis de candidatos, os eleitores preferem encontrar conteúdos com mais propostas e menos históricos.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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