Corpo está sendo velado na sede da prefeitura da Petrópolis, cidade que administrou por 14 anos
Cremação será neste sábado, às 10h, no Memorial do Carmo, onde haverá uma cerimônia para parentes e amigos
- O Globo
RIO - Prefeito de Petrópolis por 14 anos e ex-deputado federal pelo antigo MDB e pelo PMDB, Paulo Rattes morreu na madrugada desta sexta-feira, de insuficiência cardíaca, no hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, onde estava internado há mais de um mês. O corpo está sendo velado na sede da prefeitura de Petrópolis, na Avenida Koeler, no Centro. Na noite desta sexta-feira, volta ao Rio. Ele será cremado às 10h deste sábado, no Memorial do Carmo, no Caju, onde haverá uma cerimônia para parentes e amigos. O ex-prefeito tinha 80 anos, era casado com Ana Maria Rattes e deixa três filhos, os empresários Cláudio e José, e Adriana Rattes, secretária de Cultura do Estado do Rio.
Engenheiro agrônomo, formado em 1955 na Escola Nacional de Agronomia, e advogado com diploma da Faculdade de Direito de Valença (RJ) desde 1978, Paulo José Alves Rattes, esteve à frente da prefeitura de Petrópolis entre as décadas de 1960 e 1980. A sua carreira política começou no MDB, onde foi eleito vice-prefeito de Paulo Gratacós, em 1966. Dois anos depois, em 1968, Rattes assumiu a prefeitura, substituindo Gratacós, que foi cassado pelo militares.
Rattes foi eleito prefeito de Petrópolis por três vezes, ficando à frente da prefeitura entre 1972 e 1976 e entre 1982 e 1989. Filho de José de Morais Rattes e Noêmia da Costa Alves Rattes, ele ocupou também a cadeira de deputado federal e secretário de estado de governo do Rio. Como deputado, exerceu mandato entre 1978 e 1982, retornando à Câmara dos Deputados como suplente do deputado federal Fernando William, em 2003. Foi suplente, mais uma vez, entre janeiro de 2009 e abril de 2010, em virtude do afastamento do deputado Rodrigo Bethlem. Durante os governos de Moreira Franco (1986-1987) e Rosinha Garotinho (2004-2007), Rattes ocupou o cargo de secretário de Governo.
Governador Pezão lamenta morte de político
A trajetória política de Paulo Rattes inclui também o cargo de segundo-secretário do PMDB Nacional, entre 1979 e 1983, e de membro da Comissão Provisória Nacional que fundou o PMDB, em 1983.
— Paulo Rattes foi secretário-geral do PMDB na época de Ulysses Guimarães. Era um combatente contra o regime militar. Tinha uma força política muito grande. Foi um importante incentivador do movimento "Diretas Já!" em Petrópolis. Ele organizava caravanas, que seguiam para o Rio, em apoio ao movimento. Rattes foi o político mais completo que Petrópolis já teve; era um articulador.
Levou o nome da cidade para fora dos limites do estado, e foi nosso político de maior expressão — avalia o vice-presidente do PMDB em Petrópolis, Fernando Fortes.
Em nota, o governador Luiz Fernado Pezão lamentou a morte
— Paulo Rattes foi um dos mais importantes políticos da história de Petrópolis. Um homem experiente que, em seus mandatos como prefeito e deputado federal, contribuiu de maneira inestimável para o desenvolvimento de nosso estado. Registro meus sentimentos e solidariedade aos familiares e amigos.
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