• Aloysio Nunes, vice na chapa de Aécio, diz que eleitores não serão influenciados pelo Mundial
Lígia Formenti - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Candidato a vice na chapa do tucano Aécio Neves, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) disse ontem que o "legado da Copa" - candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff tem dito que o Brasil realizou "uma das melhores Copas" - não terá influência na eleição. "Ganhar ou perder o campeonato não decide eleições e a história mostra isso", disse o senador.
"O que as pessoas querem é qualidade nos serviços, economia estável", afirmou o candidato a vice, que repetiu o discurso que tucanos vêm apresentando nas duas últimas semanas, o de que Copa não influencia eleição. "São coisas distintas." Aloysio disse não ter visto a carta da presidente endereçada à seleção brasileira, divulgada ontem, na qual ela volta a defender mudanças no esporte, "dentro e fora dos estádios", e exalta a Copa no Brasil. "(Não vi), mas, claramente, é uma jogada de marketing: ela já quis explorar a vitória, apareceu naquela foto estranha, imitando o gesto do Neymar", afirmou. Para o candidato a vice, nenhuma dessas estratégias terá resultado prático.
"Aeroportos que eram ruins melhoraram, mas ainda estão longe de ter um bom padrão. O atraso das obras foi considerável e isso não será esquecido."
Para ele, o sucesso da Copa não está relacionado à organização. "Foi o clima da qualidade dos jogos, das torcidas."
A candidata do PSOL à Presidência, Luciana Genro, avaliou que o legado da Copa é a demonstração de que foi feito um uso indevido do futebol para grandes negócios, beneficiando algumas empresas. "O PSOL foi o único partido contra a lei da Copa e isso agora se mostra correto."
'Rejeição'. Questionado sobre as hostilidades à presidente ontem, no Maracanã, Aloysio Nunes disse não ter ficado surpreso. "É um sinal claro de rejeição. Se ela é vaiada em locais onde há um controle absoluto do público, o que esperar num estádio?".
Até a conclusão desta edição, os principais adversários de Dilma na corrida presidencial, Aécio Neves e Eduardo Campos, não tinham comentado o término do evento nem as hostilidades à presidente. / Colaborou Ayr Aliski
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