terça-feira, 15 de julho de 2014

Diário do Poder – Cláudio Humberto

- Jornal do Commercio (PE)

• Lentíssima, CPMI da Petrobras é só embromação
A CPI Mista da Petrobras nem se dá ao trabalho de fingir que funciona. Acumula 395 requerimentos sem votar porque os parlamentares não comparecem e, controlada pelo governo, a CPMI nem sequer quebrou sigilos de um dos principais acusados no esquema de corrupção: Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Tem outra sessão marcada para esta quarta (16).

• Quadrilha impune
A CPMI foi instalada para investigar o que a Polícia Federal chamou de “quadrilha instalada na Petrobras” para a prática da corrupção.

• Superfaturamento
Além do superfaturamento na refinaria de Pasadena (EUA), a CPMI deveria investigar corrupção na obra da refinaria de Abreu e Lima (PE).

• Cordeiros
O Planalto controla a CPMI por meio do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), o presidente, e do deputado Marco Maia (PT-RS), o relator.

• Inservíveis
Instalada em 28 de maio, a CPMI só ouviu os depoimentos inócuos de Sergio Gabrielli e Graça Foster, ex e atual presidente da Petrobras.

• Deputados continuam sob ‘folga remunerada’
Após a vagabundagem das semanas anteriores, a pretexto da Copa do Mundo, quando as sessões deliberativas chegaram a ser formalmente canceladas, a Câmara dos Deputados seguiu a folga remunerada ontem, quando apenas 21 dos 513 deputados deram as caras no trabalho. E olhe que havia convocação do presidente da Casa, Henrique Alves, para votar projeto de resolução destinado a derrubar o decreto presidencial que criou os chamados “conselhos populares”.

• Ressaca?
Registrou-se ontem a presença de menos de 10% do mínimo de 257 deputados federais necessários para se abrir uma sessão deliberativa.

• MP pendurada
Os deputados federais também estão devendo a votação da medida provisória 641, que altera regras de comercialização de energia.

• Lá vem o recesso
Após enforcar o mês da Copa, o Congresso entra em recesso na sexta (18), a menos que não votem a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

• FPM maior
O presidente da Câmara, Henrique Alves, quer colocar votação nesta quarta (16) o aumento em 2% do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Cortesia com chapéu alheio em ano eleitoral.

• Coisa de amigos
Prefeitos andam irritados com Dilma, que renovou a isenção do IPI para carros, em mais uma ajuda o setor que financia campanhas do PT. O IPI alimenta boa parte do Fundo de Participação dos Municípios.

• Silêncio conivente
Paulo André, ex-Corinthians, que ainda joga porque se mudou para a China, voltou a atacar a CBF, federações e clubes de futebol. Mas faz conveniente silêncio sobre a decisão do governo de retirar a prática esportiva do currículo das escolas, sufocando sonhos e vocações.

• Traqueotomia na pista
Lula convocou os prefeitos do PT paulista para acompanhá-lo em caminhada, nesta sexta (18), para tentar reanimar a nocauteada candidatura de Alexandre Padilha (PT) ao governo de São Paulo.

• Adicional
O Senado promete votar quarta (16) a proposta que prevê adicional de tempo de serviço para magistrados e integrantes do Ministério Público, elevando-lhes os salário em até 35%. Chegariam a R$ 40 mil.

• Besteirol
Dentre as alegações mais preconceituosas, sobre os estádios da Copa no Brasil, é a de que em cinco estados não há jogos da Série A do Campeonato Brasileiro. O Santa Cruz, do Recife, bateu recorde de público quando disputava a Série D, e o Fortaleza na Série C, em 2013.

• Acordo
O senador Eunício Oliveira (PMDB) se convenceu de que a presidenta Dilma e o antecessor Lula não vão pôr os pés nas eleições no Ceará, onde o peemedebista enfrentará Camilo Santana (PT) ao governo.

• Outros tempos
O presidente do PPS, Roberto Freire (SP), garante que não “há essa relação umbilical” entre o tucano José Serra e Gilberto Kassab (PSD): “Houve um afastamento depois que o Kassab se juntou a Dilma”.

• Governo camarada
Isentada de IPI, a indústria automobilística continua dispensada de melhorar suas carroças e reduzir preços para aumentar as vendas.

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