terça-feira, 29 de julho de 2014

Dilma: É “inadmissível” interferência do mercado no sistema político

Bruno Peres e Andrea Jubé - Valor Econômico

BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, em sabatina a veículos da mídia, ter recebido um pedido de desculpas, que definiu como “protocolar”, do Banco Santander e afirmou que adotará uma “posição clara” em relação ao banco, após o episódio envolvendo uma avaliação encaminhada a clientes que associava uma piora na economia à vitória de Dilma.

“Acho inadmissível para qualquer país aceitar qualquer nível de interferência de qualquer integrante do sistema financeiro de forma institucional no sistema político”, disse a presidente. Para ela, há um “jogo de pessimismo inadmissível” nas projeções do mercado financeiro sobre o quadro eleitoral.

Dilma afirmou ter recebido pedido de desculpas do banco em diversas frentes e disse que conversará primeiramente com o banco antes de definir alguma posição, sem descartar a possibilidade de processar a instituição.

Dilma voltou a comparar o pessimismo em relação à Copa do Mundo no Brasil com a sensação do mercado financeiro em relação à economia. “Mesmo pessimismo que houve com a Copa está ocorrendo com a economia. No caso da economia, o pessimismo é mais grave, porque economia é expectativa”, disse a presidente. Dilma também destacou que a taxa de desemprego no país é a menor registrada historicamente e afirmou que o crescimento industrial no país é condição para o país se desenvolver.

“Mantivemos todas as conquistas sociais do período Lula, aprofundando-as”, disse.

Dilma afirmou que, para o país dar o próximo salto e se preparar para a retomada, precisa apostar em novo ciclo que vai ampliar distribuição de renda e conquistas sociais. Ela também destacou os investimentos feitos em infraestrutura e formação de mão de obra profissional.

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