terça-feira, 29 de julho de 2014

Painel::Bernardo Mello Franco (interino)

- Folha de S. Paulo

Com inimigos assim...
A reação enfática de Dilma Rousseff ao banco Santander foi previamente calculada por sua campanha. Petistas dizem que ela tirou vantagem do caso ao chamar de "inadmissível" o informe que advertia correntistas mais ricos para o risco de perdas em caso de vitória do PT. "Dilma já ganhou pontos. Aquele texto parece um panfleto de campanha para ela", comemora um ministro. Outro aliado afirma que os bancos têm imagem desgastada e lideram rankings de queixas do consumidor.

Mesada Ao justificar os R$ 152 mil que diz guardar em espécie, Dilma afirmou, na sabatina da Folha, que costuma ajudar a filha. Procuradora do Trabalho, Paula Rousseff recebeu em maio R$ 17.174,72 líquidos. A mãe, só um pouco mais: R$ 19.850,31.

Sub do sub A presidente foi aconselhada a reagir com cautela ao porta-voz israelense que chamou o Brasil de "anão diplomático". Auxiliares disseram a ela que o ataque partiu da ala ultradireitista do governo Netanyahu.

Estrela de David O Brasil não foi o primeiro país a reconhecer o Estado de Israel, como afirmou Dilma. Foram os Estados Unidos.

Médio prazo O economista Mansueto Almeida nega que Aécio Neves (PSDB) planeje um corte abrupto nos subsídios à indústria, como Dilma sugeriu. "Vamos resolver problemas estruturais para que os subsídios não sejam mais necessários. Aí, você pode descontinuar", diz ele.

Critérios Aécio sustenta que a construção do aeroporto em Cláudio (MG) obedeceu aos parâmetros do ProAero. A meta do programa do governo de Minas era que todos os municípios ficassem a até 80 km de uma pista de pouso, o que já ocorria na região.

Metas O candidato diz que "o programa falava em distância máxima, e não mínima" entre as cidades e os aeroportos. "Dentro do raio de 80 km, o Estado podia construir quantos aeroportos fossem necessários. Por isso, o de Cláudio se encaixa nos critérios", afirma Aécio.

Mudou de time Ex-líder dos governos Lula e Dilma, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) indicou o coordenador da campanha tucana em Roraima, Marcelo Guimarães.

Para depois Prometido para junho e adiado para o fim deste mês, o programa de governo de Eduardo Campos deve ficar para o início de agosto. O PSB agora quer lançá-lo no dia 4, quando o "Jornal Nacional" começa a cobrir a corrida presidencial.

Totó portenho O argentino Diego Brandy, mago das pesquisas do PSB, tem levado sua cadela Victoria quase todos os dias para a produtora de TV do partido. Ela usa coleira azul e branca e só atende a comandos em castelhano.

Frente ampla A coligação de Flávio Dino (PC do B) lança amanhã a campanha "Ajude o Maranhão a derrotar o Sarney". Um site vai recolher doações de outros Estados e recrutar voluntários para fiscalizar a eleição.

Farra da toga Os desembargadores Mário Hirs e Telma Brito foram recebidos com palmas e fogos de artifício na volta ao Tribunal de Justiça da Bahia. Afastados pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), eles foram beneficiados por liminar do ministro Ricardo Lewandowski.

Bola na urna Do ex-presidente Lula para o pupilo Alexandre Padilha (PT), ontem à noite: "Você é corintiano? Se não era, passa a ser, pelo amor de Deus!"

É pra valer A candidatura de Luiz Moura (PT), o deputado estadual paulista flagrado em reunião com membros do PCC, passou a aparecer no site da Justiça Eleitoral.
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Tiroteio
"A consequência da ida de Dilma ao Rio foi o engajamento ainda maior do PMDB na campanha de Aécio. Ela espalhou brasa."
DO SENADOR JOSÉ AGRIPINO (DEM-RN), coordenador da campanha de Aécio Neves, sobre o jantar de Dilma com o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).
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Contraponto
O cofrinho do governador

O governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) repetiu ontem, em Diadema, um ritual de todo político em campanha: parou em um bar tomar café.

No balcão, lembrou com pesar que na semana anterior gastara R$ 51 ao bancar café e pastéis para os aliados José Serra e Aécio Neves, que pediam votos com ele.

Desta vez, o secretário de Educação da cidade, Marcos Michels, se ofereceu para pagar a conta. O governador, que tem fama de pão duro, saiu satisfeito.

--Na média, gastei R$ 25,50 por dia. Finalmente consegui equilibrar as contas! --comemorou.

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