• Dos 18 candidatos da legenda nos Estados, todos falam em parceria, mas só um menciona a petista nominalmente
Ricardo Brito, Débora Álvares - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff tem sido esquecida pelos candidatos a governador do PMDB, principal aliado na esfera nacional, como mostram as propostas de governo dos 18 candidatos do partido. Nos programas inscritos na Justiça Eleitoral, os peemedebistas citam pelo menos uma vez a necessidade de atuação em parceria com o governo federal nos próximos quatro anos, mas poucos mencionam Dilma ou sua gestão.
Seis dos 18 candidatos do PMDB têm apoio formal do PT, como o alagoano Renan Filho. Ele foi o único a citar Dilma nominalmente no plano. No programa, disse que a "principal plataforma política" do governo da presidente é eliminar definitivamente a miséria absoluta no País.
"Para isso, o conjunto de iniciativas vai contar com mais R$ 100 bilhões em recursos públicos até 2014, por exemplo. Esse ambicioso objetivo não pode ser alcançado sem a colaboração direta dos entes subnacionais, principalmente os Estados e municípios", destacou. O governo é mencionado 20 vezes, nas 41 páginas do programa.
Paulo Skaf, candidato do PMDB em São Paulo, fez uma citação protocolar ao programa Minha Casa Minha Vida nas 25 páginas do documento. Skaf começou a campanha sem colar sua imagem à da presidente, apesar de Dilma ter dito que conta com dois palanques no Estado - o dele e o do petista Alexandre Padilha.
O programa do governador de Sergipe e candidato à reeleição Jackson Barreto faz sete citações elogiosas aos programas federais, em 68 páginas. Coligado com o PT, ele assumiu o posto após a morte do petista Marcelo Déda, em dezembro.
Parceria. Mesmo sem apoio do PT do Rio, que lançou Lindbergh Farias, o governador e candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão foi o que mais exaltou a parceria federal: "Por meio de uma parceria estruturada com o Governo Federal, a nossa atual gestão vem implantando o maior projeto social da história do Rio de Janeiro: o PAC das Comunidades".
Crítico do governo no Senado, o paranaense Roberto Requião faz 17 referências à gestão federal em 158 páginas. Ao todo, faz oito citações a programas de abrangência nacional. Ao tratar do Luz Para Todos, o peemedebista cita o antecessor de Dilma, mas não a atual governante. "O programa visa a atender famílias que pratiquem agricultura de subsistência, integrem projetos de assentamento, habitem comunidades indígenas ou estejam localizadas em municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Roberto Requião fizeram, em 22/06/2009, a ligação do consumidor de número 2 milhões do programa, em Congonhinhas."
Embora tenha declarado que vai dar palanque a Dilma, o candidato do PMDB no Ceará, Eunício Oliveira, elogia no programa a primeira gestão estadual do tucano Tasso Jereissati, que disputará o Senado pela chapa.
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