• Igrejas acreditam que Dilma e pastor Everaldo podem perder eleitores
Renato Onofre – O Globo
SÃO PAULO - A volta do nome da ex-senadora Marina Silva (PSB) ao protagonismo da disputa eleitoral deve alterar os rumos do voto evangélico nas eleições de outubro. As principais lideranças evangélicas avaliam que, ao herdar a vaga do ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo na última quarta-feira em Santos, Marina pode tirar votos da presidente Dilma Rousseff (PT) e do Pastor Everaldo (PSC), considerados, internamente, como os principais candidatos dos eleitores evangélicos.
A tendência apontada por líderes evangélicos, no entanto, não apareceu na primeira pesquisa divulgada, ontem, pelo Instituto DataFolha. A consulta feita com o nome da ex-senadora no lugar de Campos mostra que nenhum dos três presidenciáveis - Dilma, Pastor Everaldo e o senador Aécio Neves (PSDB) - perdeu voto entre os evangélicos.
Em julho, a presidente tinha 34% das intenções de votos entre os eleitores que se declaram pentecostais e, hoje, 32%. Já entre os não pentecostais, variou de 31% para 30% no mesmo período. Pastor Everaldo repetiu o mesmo desempenho entre os pentecostais (9%) e caiu cinco pontos entre os não pentecostais. Aécio manteve a mesma proporção entre julho e agora (15% das intenções entre os pentecostais e 22% entre os que se declaram não pentecostais).
- Ainda é cedo para avaliar o peso da Marina Silva entre os evangélicos, mas a gente vê com bons olhos o retorno dela ao protagonismo eleitoral. Havia uma tendência a apoiar o Pastor Everaldo, que defende publicamente nossa agenda, mas a volta da Marina à disputa tem que ser analisada. Ela tem uma identificação natural dentro da comunidade evangélica com o seu nome, mas há questões pendentes diante das quais ela deve se posicionar - afirmou o presidente do Conselho Político das Assembleias de Deus, pastor Léliss Washigton Marinho.
Marina é evangélica praticante ligada à Assembleia de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário