- O Globo
A antipolítica
Uma parcela crescente dos eleitores vem se posicionando contra a política. O aumento dos votos em branco e nulos e as abstenções têm esse ingrediente. Por isso, Eduardo Campos busca ser um estuário do voto de protesto. Esse sentimento elegeu Fernando Collor, em 1989, e favoreceu Marina Silva, em 2010. Campos quer esse eleitor e proclama: “os únicos que não vão governar com Renan, Sarney e Collor somos nós, eu e Marina”.
Em busca do casamento perfeito
Na largada da campanha, um dos objetivos do tucano Aécio Neves é colar seu desempenho ao dos candidatos aliados, a governador e ao Senado, que lideram as pesquisas. Em São Paulo, Alckmin tem 51% das intenções de voto e Aécio, 25%. A tarefa de vincular a candidatura estadual à nacional não é uma obra simples. Em 2010, em São Paulo, Alckmin ganhou no primeiro turno com 51% e o tucano José Serra fez 40%. A presidente Dilma também não conseguiu atingir o desempenho de Eduardo Campos na eleição passada. Ele fez para o governo de Pernambuco 82%, cerca de 20 pontos a mais que a presidente Dilma, que chegou a 61%. Esse descasamento ocorre porque o brasileiro vota em candidatos e não em partidos.
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“A campanha não começou em lugar nenhum. Não tem cartaz nem tem panfleto. A campanha está mais na mídia do que na rua. Estou surpreso e chocado”
Ciro Nogueira
Senador (PI) e presidente do PP
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Na carona dos Jogos
Técnicos do governo querem fazer da Rio 2016 um acontecimento nacional. Com eventos paralelos, a ideia é atrair turistas o ano todo para o Brasil. E, além do Rio, sede das Olimpíadas, incluir outros destinos no roteiro dos visitantes.
Índio quer apito
O candidato ao governo do Amazonas Eduardo Braga (PMDB) tem um jingle cantado na língua indígena tikuna. A versão foi apresentada no município de Amaturá, que tem
população indígena. Em ritmo de arrocha, a cantora pede votos para o senador e para sua vice, a deputada Rebecca Garcia (PP). O áudio pode ser ouvido no blog da coluna.
Parada dura
Socialistas e marineiros avaliam que Eduardo Campos tem que vencer dois obstáculos. Um deles é a falta de militantes na rua para amarrar o voto. O outro é romper o sentimento de que a disputa é entre a presidente Dilma e Aécio Neves.
Pacto secreto
Os candidatos Marcelo Crivella (PRB) e Lindbergh Farias (PT) evitam ataques diretos um ao outro. Lindbergh quer os votos evangélicos em um eventual segundo turno e Crivella, o eleitor da Baixada. A estratégia nas duas candidaturas é bater no governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e em Anthony Garotinho (PR).
O pessimismo e a realidade
A campanha do PSDB diz que a presidente Dilma não pode afirmar que o mercado é pessimista. O Sistema de Expectativas do Mercado do Banco Central fez previsões de crescimento maiores (em 2011, 2012 e 2013) do que os alcançados.
Os medos
Os temores dos empresários são: o incremento de uma linha populista com a permanência da presidente Dilma no governo e a falta de capacidade de Eduardo Campos para administrar o país sem quadros e apoio no Congresso.
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A PRESIDENTE DILMA recebeu informe do comando de sua campanha de que ela está crescendo lentamente nas pesquisas de monitoramento
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