• Candidato diz que aceitar presidente ao seu lado confundiria o eleitor
- O Globo
SÃO PAULO - O candidato do PMDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, reiterou que não vai dar palanque à presidente Dilma Rousseff (PT). Em sabatina realizada pelo jornal "O Estado de São Paulo", Skaf voltou a afirmar que o PT é um adversário. Para ele, aceitar Dilma ao seu lado "confundiria o eleitor". Até os materiais de campanha do PMDB ao governo paulista não terão nenhuma referência à Dilma ou ao PT.
- Sempre reterei que PT e PSDB são meus adversários. Então, eles não estarão no meu palanque. Mas o meu voto é o voto do meu partido.
A crise entre o PMDB e o PT começou no final de julho, quando Skaf, em sua conta no Facebook, ironizou a possibilidade de apoiar a campanha de reeleição da presidente. A vinculação do material desagradou o vice-presidente da República, Michel Temer, e deflagrou uma crise no partido.
O material mostra o candidato dentro de um vagão do metrô quando é indagado: "Skaf, e esse papo de apoiar o PT?". Na sequência, ele sorri e responde com um bordão provocativo: "Sabe de nada, inocente!".
Ao GLOBO, na terça-feira, interlocutores do vice-presidente informaram que ele esperava um passo atrás de Skaf para tentar manter um canal de comunicação com o PT, visto por Temer fundamental em um eventual segundo turno. Incomodado, Skaf se limitou a dizer:
- Meu voto pessoal é com o presidente do Temer - disse, sem se referir ou citar Dilma.
Ele negou ter sido enquadrado pelo vice-presidente:
- Eu falo com ele diariamente. Eu o considero um amigo. Não é perfil do vice-presidente enquadrar pessoas. E também não meu perfil receber enquadramento de ninguém. Mas deixo claro que o PT e PSDB são meus adversários. Até porque confundiria o eleitor.
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