• Candidata quer mostrar que tem apoio em todas as camadas da população; artistas, empresários e intelectuais devem comparecer ao ato na terça-feira
João Domingos, Isadora Peron - O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - O ato mais importante da reta final da campanha de Marina Silva (PSB) vai ser realizado na terça-feira. A candidata à Presidência vai reunir diferentes representantes da sociedade em São Paulo para gravar as cenas que serão exibidas no último programa da propaganda eleitoral na TV. A ideia é mostrar ao Brasil que ela tem apoio em todas as camadas da população. Além de políticos, deverão comparecer artistas, empresários e intelectuais.
A viúva de Eduardo Campos e os cinco filhos do casal também devem vir a São Paulo participar da cerimônia de apoio a Marina, que assumiu a cabeça de chapa após a morte do ex-governador em um acidente aéreo.
“Queremos, na última peça de campanha, mostrar todas as pessoas que não apareceram no programa, por uma série de motivos, principalmente a falta de tempo na TV”, disse Walter Feldman, coordenador da campanha. Na avaliação dos dirigentes do PSB, é essencial demonstrar que há uma forte mobilização popular em torno da candidatura de Marina para que ela não caia mais nas pesquisas e garanta um lugar no 2.º turno.
Nesta última semana, a candidata vai concentrar as agendas no Sudeste, passando pelos grandes centros urbanos de São Paulo, Rio e Minas. Também está previsto um ato em Pernambuco, terra natal de Campos, onde ela tem apresentado um bom desempenho eleitoral.
A candidata também vai dedicar o seu tempo para se preparar para o debate da TV Globo, programado para quinta-feira – três dias antes do 1.º turno.
Na avaliação dos coordenadores da campanha, Marina costuma ter um bom desempenho nesses encontros. A estratégia vai ser tentar um confronto direto com a petista Dilma Rousseff, ignorando o tucano Aécio Neves, que, por ora, está em terceiro lugar nas pesquisas.
Nos cálculos da campanha, como é provável que a audiência da Globo seja maior do que a do horário eleitoral, Marina terá a chance de conquistar mais eleitores nesse último embate televisionado.
No horário eleitoral, a campanha também pretende nessa reta final reforçar o número 40 do PSB. A avaliação é que o eleitorado ainda associa Marina ao PT e PV, seus antigos partidos.
A candidata também deverá sair da defensiva. Segundo Feldman, ela só responderá aos ataques que considerar “indignos, injustos e mentirosos”. Por outro lado, aumentará as críticas à presidente Dilma e à polarização entre PT e PSDB.
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