quarta-feira, 3 de setembro de 2014

No Senado, duelo entre líderes de PT e PSB

• Marina é "FHC de saias", diz petista; para socialista, colega perdeu o "equilíbrio"

Maria Lima e Cristiane Jungblut – O Globo

BRASÍLIA - O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), usou ontem a tribuna da Casa para fazer um discurso contundente contra a candidatura da ex-companheira de partido, Marina Silva, do PSB, à Presidência da República. Ele chamou a adversária de "obscurantista", afirmou que ela apresentou um programa neoliberal que a transformou numa "FHC de saias".

- O desafio nesta eleição é enxergar o perigo do obscurantismo que envolve o discurso do novo. Marina esconde debaixo do xale o que tem de mais conservador que existe no país. Não podemos dar um salto no escuro rumo ao precipício - disse Costa.

O líder petista, valendo-se da TV Senado, disse ainda que o discurso da nova política de Marina vem travestido das velhas práticas e que todas as suas alianças são de conveniência.
- As raposas estão todas lá nos palanques estaduais da candidata Marina - disse Costa, citando o ex-senador Mão Santa (PSC), no Piauí, e o ex-deputado Paulo Bornhausen (PSB), em Santa Catarina).

O líder do PSB no Senado e candidato ao governo do Distrito Federal, senador Rodrigo Rollemberg, reagiu aos ataques à candidata feito pelo líder do PT. Rollemberg disse que o crescimento da candidatura de Marina estava levando à "perda de equilíbrio" de alguns senadores e afirmou que não poderia admitir que se tratasse a candidatura de Marina como uma "ameaça":

- Parece que o crescimento da nossa candidata a presidente nas pesquisas tem feito alguns senadores perderem o equilíbrio. Quero registrar que a população brasileira não aceita mais esse tipo de terrorismo. E quero relembrar que o ex-presidente Lula também foi vítima desse tipo de preconceito e desse tipo de ameaça. E, naquele momento, como neste momento, posso assegurar ao senador Humberto Costa que a esperança vai vencer o medo. O que a senadora Marina Silva, ex-ministra, representa para a população brasileira é um grande desejo de mudança - disse Rollemberg.

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