Fernando Taquari - Valor Econômico
SÃO PAULO - A fim de manter a campanha mobilizada em torno da candidatura presidencial de Aécio Neves, o PSDB promove amanhã, na capital paulista, um encontro com prefeitos e deputados federais e estaduais eleitos pelo Estado na eleição de 2014. O governador reeleito Geraldo Alckmin e o senador eleito José Serra, as duas maiores lideranças do PSDB paulista, já confirmaram presença no ato.
Os tucanos apostam que uma votação expressiva em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, será fundamental para Aécio derrotar a presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto. No primeiro turno, o tucano ficou com 44% dos votos válidos em terras paulistas, contra 25% da petista. Há expectativa agora que o presidenciável possa ter 60%.
São esperados no encontro cerca de 500 dos 645 prefeitos de São Paulo, inclusive, os 69 do PMDB que apoiaram Alckmin na reta final da eleição estadual em detrimento da candidatura de Paulo Skaf (PMDB). Os pemedebistas, contudo, devem seguir fiéis a Michel Temer (PMDB), vice na chapa de Dilma. O coordenador-geral da campanha vitoriosa do governador, Edson Aparecido, afirmou que apenas os prefeitos do PT (72) e do PCdoB (5) não foram convidados para o ato.
Há poucas semanas do primeiro turno, Alckmin costurou o apoio de 28 prefeitos do PR, 29 do PP, 36 do PSD, 17 do PDT e 29 do PV. As cinco legendas não estavam na coligação do governador, que tinha ao seu lado, além do PSDB, outros 13 partidos. Os tucanos contam com 174 prefeituras no Estado. Durante o primeiro mandato (2010-2014), Alckmin repassou aos municípios paulistas aproximadamente R$ 6 bilhões em convênios para execução de obras no interior. Para a oposição, esses recursos foram essenciais para atrair aliados e prefeitos de coligações rivais.
No evento, que será realizado no clube Esperia, na zona norte, Aécio deve pedir o engajamento de todos os correligionários e aliados até o dia 26 de outubro, quando será realizado o segundo turno. O presidenciável quer que os deputados mantenham o mesmo ritmo de campanha que tiveram antes de serem eleitos. Por isso, defenderá que intensifiquem as agendas em suas bases eleitorais. "Vamos para o arranque final para consolidar nossa vantagem em São Paulo", afirmou o ex-governador Alberto Goldman.
Ontem, em tentativa de evitar uma nova debandada no PMDB em São Paulo, o vice-presidente Michel Temer reuniu prefeitos, deputados e ministros do partido para pedir empenho à sua reeleição e à da presidente Dilma Rousseff (PT).
No encontro, o dirigente nacional do PMDB atacou o discurso do presidenciável do PSDB, Aécio Neves, em defesa da mudança e a crítica de que o atual governo federal errou na condução da política econômica. A iniciativa teve como objetivo reduzir a vantagem do tucano em São Paulo e impedir que ocorra novo racha na sigla. O encontro, promovido em uma churrascaria da capital, teve a presença de cerca de 600 lideranças do partido em São Paulo.
Em mensagem em vídeo, exibida em telão, Dilma defendeu que a sua candidatura está do "lado certo". Ausente, Paulo Skaf foi criticado pelo ministro Moreira Franco por não ter feito campanha para Dilma no primeiro turno. Segundo o presidente do PMDB em São Paulo, Baleia Rossi, Skaf não pôde participar porque já tinha compromisso com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski
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