• De acordo com "Financial Times", empresa britânica pagou us$ 200 mil a ex-gerente da Petrobras
- O Globo
O escândalo de corrupção na Petrobras ameaça, agora, tragar mais empresas estrangeiras. O site do jornal "Financial Times" informou ontem que o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco envolveu a gigante Rolls-Royce no escândalo de corrupção instalado na estatal. Segundo a publicação, Barusco contou que a empresa britânica - que fabrica turbinas usadas nas plataformas da Petrobras - pagou propina para conseguir um contrato de US$ 100 milhões com a estatal.
Segundo a reportagem, Barusco disse à polícia que, só ele, recebeu da Rolls-Royce US$ 200 mil, e que isso era só uma pequena parte do acerto da propina. A informação, diz o "Financial Times", consta nas mais de 600 páginas que registram os depoimentos prestados por ele como parte de sua delação premiada.
Em nota, a Rolls-Royce disse que "queria deixar claro que não tolera condutas impróprias de nenhum tipo e que tomará todas as medidas necessárias para garantir isso".
No Reino Unido, a empresa é investigada por ter pago, supostamente, propina na China e na Indonésia. Outras empresas estrangeiras estão supostamente envolvidas nos contratos irregulares da Petrobras. A Justiça já investiga acusações de contratos fraudulentos da estatal com a holandesa SBM Offshore, que já afirmou estar cooperando com as investigações, e com unidades de duas companhias de Cingapura - a Keppel Corporation e a Sembcorp Marine. Ambas negaram todas as acusações.
Barusco contou que o esquema de propinas foi gerido por vários operadores ou agentes que agiram em nome das empresas. Segundo ele, seu amigo Luiz Eduardo Barbosa, ex-executivo do grupo de engenharia suíço ABB, foi o responsável por intermediar os subornos de Rolls-Royce, SBM e Alusa, empresa brasileira de construção civil. A Alusa, que mudou seu nome para Alumini, negou veementemente as acusações. Procurado pelo "Financial Times", Barbosa não foi encontrado para comentar o caso.
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