• Braço-direito do vice, o agora ex-ministro Eliseu Padilha diz que Temer está ‘aferindo’ o sentimento de peemedebistas
- O Globo
BRASÍLIA - Depois de se encontrar com a presidente Dilma Rousseff, o peemedebista Eliseu Padilha, que pediu demissão do cargo de ministro da Aviação Civil, disse que o partido está dividido em relação ao impeachment e que o vice-presidente Michel Temer, de quem é braço-direito, decidirá qual caminho seguir após ouvir as várias tendências da legenda. Em entrevista exclusiva ao GLOBO, disse ainda que Temer não tem posição definida sobre o impedimento.
Qual sua posição sobre o impeachment?
O presidente Michel (Temer) tem retratado a situação do partido, que hoje está muito dividido e conflituado nesse tema. Ele só é o presidente do PMDB porque consegue buscar e exprimir no momento certo qual a posição do partido. Neste caso, ele ainda não a tem.
E quando ele terá uma posição sobre o afastamento de Dilma?
Ele está trabalhando, ouvindo muita gente.
Como fica a relação entre Dilma e Temer a partir de agora?
Temos duas relações que têm que ser distinguidas: a pessoal e a institucional. A última não sofre nenhum tipo de arranhão, de fissura, vai continuar como sempre foi. As relações pessoais vão depender dos gestos de cada um. A interpretação dada pelo presidente Michel é que não sentimos confiança plena na atitude que se toma (no Planalto).
A ala pró-impechment do PMDB viu sua saída como senha para atuar pelo afastamento de Dilma.
A disputa política é feita da interpretação que cada um dá a um mesmo fato. Quem tinha interesse em utilizar esse gesto como uma saída do governo utilizou.
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