O Globo
Integrantes da oposição se disseram incrédulos com o agravamento da crise que envolve a presidente Dilma e seu vice, Michel Temer, que em carta enviada a sua companheira de chapa revelou a disposição de se manter distante, no momento em que ela enfrenta um processo de impeachment. Senadores tucanos avaliaram que a carta significa uma ruptura profunda e irreversível entre os dois e criticaram a preocupação de Temer por cargos no governo.
— Vejo que é uma carta de rompimento, na qual o vicepresidente demonstra sua contrariedade, a sua amargura em relação à presidente da República. Acho, entretanto, que ele poderia ter se detido na questão republicana, na questão maior do mal que este governo e o PT fizeram ao país nestes últimos 13 anos. Acho que houve um destaque excessivo para nomeação ou ausência de nomeação — criticou o presidente do PSB, senador Aécio Neves (MG).
Presidente da Comissão de Relações Exteriores, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), avalia que a carta foi uma “ruptura grave”, sinal verde para o PMDB aprovar o impeachment da presidente:
— Acho que esse é um movimento sem volta. A presidente Dilma cometeu a imprudência de tentar dividir o PMDB e isso não está certo. Penso que essa carta é sinal de uma ruptura irreversível, sinal de consequências muito graves para a presidente.
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