• Manifestação a favor de ex-presidente será antecipada. Aliados reclamam de ‘golpe’
Sérgio Roxo, Leticia Ffernandes e Isabel Braga - O Globo
Aliados de Lula acreditam que a ação de ontem servirá para mobilizar a militância para atos contra o impeachment de Dilma e em defesa do ex-presidente. Uma manifestação, marcada para o dia 31, deve ser antecipada. Atos pelo Dia Internacional da Mulher, na terça- feira, serão reforçados. Parlamentares de vários estados foram a São Paulo para se solidarizar com Lula, entre eles o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE).
Em publicação no Twitter, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (CE), fez sua defesa: “Aos companheiros e companheiras de jornada, o que foi feito hoje com Lula é um espetáculo arbitrário e uma ameaça à ordem democrática”. Ele conclamou a militância para todos irem às ruas defender Lula, e postou uma imagem do expresidente no meio do povo, com a hashtag # ForçaLula. “Vamos pra luta! Todos defendem a ordem democrática! Ruas!”, disse Guimarães.
O senador Lindberg Farias (PT-RJ) foi à sede do partido, em São Paulo, em apoio a Lula:
— Nossa militância agora está com a faca nos dentes.
Para o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), há “golpe” em curso:
— Há um golpe de Estado articulado por setores do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal, localizados na República de Curitiba, junto com os grandes meios de comunicação.
Políticos pedem reação
Parlamentares do PC do B que estavam em São Paulo para reunião do partido foram à unidade da PF prestar solidariedade. A deputada federal Jandira Feghali (RJ) anunciou uma reação política para denunciar o que considera ser um “golpe de novo tipo” no país. Jandira usou o Twitter para descrever o que acontecia em Congonhas:
— O povo vai para as ruas. Tem um estado de exceção em curso. Precisamos enfrentar juridicamente e politicamente, não podemos ficar calados. É um golpe de novo tipo, não são os militares, mas parte do Judiciário, alguns procuradores, agentes da polícia e parte da mídia. Mas o comando é do Judiciário. O problema maior é o que parte do Judiciário está fazendo — criticou Jandira, acrescentando: — Vamos ter que reagir politicamente, não tem conversa. Tem que ter comoção nacional.
Jandira classificou a ação de Moro e dos agentes da Lava-Jato de “ilegalidade travestida de legalidade”:
— O Moro quer comandar o Brasil, acuar todo mundo.
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