Débora Álvares, Isabel Fleck, Ranier Bragon, Rubens Valente, Thais Arbex – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA, SÃO PAULO - O PSB e a Rede divulgaram nesta segunda-feira (11) posições oficiais favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Com 31 deputados federais, a sigla reuniu sua executiva nacional em Brasília e elencou em nota o que chamou de equívocos do governo afim de justificar o posicionamento pró-afastamento da petista.
Além dos atuais 31 deputados, o PSB tem dois secretários em cargos no governo de Pernambuco que devem se licenciar para voltar à Câmara e votar pelo impeachment.
"A atual presidente perdeu a legitimidade com uma rapidez extraordinária. Legitimidade não é só na eleição, mas é no exercício do cargo", afirmou o presidente do PSB, Carlos Siqueira.
Segundo ele, as manifestações contrárias ao impeachment foram minoria e partiram dos senadores Lídice da Mata (BA) e João Capiberibe (AP), do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, e do ex-governador do Amapá Camilo Capiberibe.
Nos bastidores, dirigentes do partido já conversam com o vice Michel Temer sobre a composição de um eventual novo governo.
No caso da Rede, embora a ex-senadora Marina Silva continue defendendoque a cassação da chapa que elegeu Dilma e Temer pelo TSE seria a melhor solução, em nota divulgada nesta segunda o partido diz que, após debates internos, a maioria dos integrantes entende que existem elementos para o impeachment.
No texto, o partido indica que não obrigará seus quatros deputados a votarem a favor da saída da petista.
Liderança do PR
Favorável ao impeachment, o deputado Maurício Quintela Lessa (PR-AL) entregou nesta segunda a liderança do partido na Câmara, cargo que ocupava desde o início do segundo mandato da petista. A Executiva do PR é contrária à saída de Dilma, mas a maioria dos 40 deputados do partido na Câmara é favorável ao impeachment.
A falta de consenso entre as partes foi a justificativa de Lessa para deixar o cargo. Os deputados da sigla estão liberados para votar como quiserem, mas Quintela calcula que entre 25 e 30 votos devem ser pelo impeachment.
Apesar do movimento que, no fim de semana, fixou a posição de pelo menos nove diretórios estaduais do PP a favor do impeachment, o líder do partido na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB) reafirmou nesta segunda seu voto contra o afastamento da presidente. O PP tem 47 deputados.
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