- Folha de S. Paulo
SÃO PAULO - A Operação Custo Brasil, deflagrada nesta quinta (23), nasceu da 18ª fase da Operação Lava Jato, conhecida como Pixuleco 2.
Foram os procuradores e policiais federais da força-tarefa de Curitiba (PR) que descobriram o esquema de desvio de dinheiro em contratos do Ministério do Planejamento. O juiz responsável pela investigação era Sergio Moro.
Em setembro do ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que o caso envolvendo o Ministério do Planejamento deveria ser separado das investigações do esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.
A maioria dos ministros entendeu que, apesar de os fatos terem surgido no âmbito da Lava Jato e terem sido delatados por um mesmo colaborador, o ex-vereador do PT e operador do esquema Alexandre Romano, o Chambinho, a investigação deveria ser direcionada à São Paulo.
O motivo é que Chambinho, um dos principais alvos do caso, vivia no Estado. Ele foi preso em agosto de 2015 e saiu três meses depois, por ter firmado colaboração com os procuradores. Desde então o processo está na 6ª Vara Criminal da Justiça Federal paulista, especializada em crimes financeiros, sob a orientação do juiz Paulo Bueno de Azevedo.
A parte relativa à ex-ministra e senadora Gleise Hoffmann (PT), que tem foro privilegiado, saiu das mãos de Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, e passou para José Antonio Dias Tóffolli, outro ministro do tribunal.
O mesmo aconteceu com a investigação do pagamento de propinas envolvendo contratos de obras da usina nuclear de Angra 3, também desdobramento da Lava Jato. O caso foi remetido para a 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
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