• Freixo diz que não está isolado e quer formar ‘frente progressista’
Miguel Caballero - O Globo
Com a presença do senador Randolfe Rodrigues (AP) e do vereador do Rio Jefferson Moura, a Rede, partido de Marina Silva e que teve Alessandro Molon como candidato a prefeito, vai anunciar hoje à tarde o apoio a Freixo no segundo turno. O antropólogo Luiz Eduardo Soares, recémsaído da Rede, também estará presente. Até sexta-feira, o candidato do PSOL espera fechar os apoios do PV e do PT. Até agora, o PCdoB, que lançou Jandira Feghali, e o PSB, que estava na chapa de Indio da Costa (PSD), já aderiram ao candidato psolista.
— Vamos formar uma frente de partidos progressistas. Isso mostra que não estamos isolados. Segundo turno é veto ou voto. Não é aliança, é apoio. Nosso programa está exposto para quem quiser apoiar, apoios são bem-vindos. Obviamente nenhum deles vai passar por nomeação para cargos na prefeitura — afirmou Freixo.
O candidato do PSOL espera contar com o voto de boa parte dos eleitores que não compareceram às urnas no Rio no primeiro turno. Foram mais de 1,1 milhão de pessoas, o equivalente a 24% do eleitorado.
— O Rio será governado pelo nosso projeto ou pelo projeto do Crivella, não há outra opção, vamos comparar os projetos. Acho que isso pode fazer com que muitos que se abstiveram vão votar — disse.
Para derrotar Crivella, Freixo também precisará dos votos dados a candidatos que não chegaram ao segundo turno. Entre estes, os quatro mais bem votados pertencem aos campos de centro ou da direita (Pedro Paulo, Flávio Bolsonaro, Indio da Costa e Carlos Osorio), o que torna a missão do PSOL mais difícil.
— É possível conseguir votos. Lugares onde o Osorio mais teve votos são os lugares onde o Crivella foi menos votado. Isso não é garantia, mas é um sinal de que esses votos podem vir para mim.
TRE DECIDE SOBRE TEMPO DE TV
Amanhã, o juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) responsável pela fiscalização da campanha no Rio, Marcello Rubioli, convocou uma reunião com as duas campanhas para debater as regras e o início do horário eleitoral gratuito na TV. Tanto Freixo quanto Crivella desejam que o tempo de TV de cada um seja diminuído de dez para cinco minutos por dia, o que pode ser consentido pelo TRE.
Os candidatos consideram cinco minutos diários tempo suficiente para expor suas propostas e querem baratear os custos de produção dos programas televisivos.
Freixo diz que não terá Lula na campanha: ‘O debate é municipal’
• Candidato afirma que ‘nacionalização’ da eleição no Rio ficou no 1º turno
Prestes a receber o apoio do PT, o candidato do PSOL à prefeitura, Marcelo Freixo, descartou a participação pessoal do ex-presidente Lula na campanha. Freixo afirmou que a nacionalização do debate, uma das marcas da eleição do Rio no primeiro turno, não será uma tônica na nova fase da campanha. Apoiada por Lula e Dilma no primeiro turno, Jandira Feghali (PCdoB) teve apenas 3,3% dos votos válidos.
— Não (haverá participação de Lula). O debate é municipal. A nacionalização aconteceu, o PMDB foi derrotado. Agora é hora de aprofundar o debate sobre a cidade, as diferenças entre meu programa e o do Crivella.
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