Por Andrea Jubé e Fábio Graner | Valor Econômico
BRASÍLIA - O presidente Michel Temer convocou uma reunião com a equipe econômica ontem no Palácio do Planalto, depois que retornou da viagem a Alagoas. A pedido do presidente, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, adiantou o retorno da viagem ao exterior.
Os ministros do Planejamento, Dyogo Oliveira, e da Casa Civil, Eliseu Padilha, também participaram da reunião, que durou cerca de uma hora e meia. Um dos temas foi o veto ao projeto de lei de renegociação das dívidas dos Estados, sem as contrapartidas exigidas pela União.
Temer está disposto a vetar o projeto, aprovado pelos deputados, que eliminou as medidas de austeridade fiscal impostas aos governadores, como o congelamento dos reajustes salariais e o aumento da contribuição previdenciária. O presidente também discutiu o assunto com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A reunião com a equipe econômica também debateu a adoção de novas medidas para aquecer a economia. Temer está determinado a turbinar a agenda positiva em janeiro, após o recesso. Nesse contexto, outro tema discutido foi retomada da reforma administrativa, iniciada pelo presidente ainda como interino, com a extinção de cargos de confiança, por exemplo. O tema está nas mãos de Padilha e Dyogo, que ficaram reunidos mais um tempo, depois de finalizado o encontro com Temer e Meirelles.
Ontem, a assessoria do Ministério da Fazenda negou que Meirelles tenha voltado às pressas do exterior para a reunião no Planalto e tambem não informou em que local estava. A explicação dada foi de que o ministro tinha viajado para resolver questões particulares e, como conseguiu fazê-lo, voltou ao Brasil. Temer e Meirelles se falaram ao telefone segunda-feira e o ministro assegurou que estaria de volta ao país no dia seguinte.
Meirelles convidou o economista João Manoel Pinho de Mello para integrar a equipe do Ministério da Fazenda. Ele poderia ocupar uma nova secretaria voltada para assuntos microeconômicos. A chegada de Pinho de Mello, contudo, ainda não tem data para ocorrer e mesmo a ideia de uma nova secretaria ainda não está 100% definida, segundo explicou uma fonte. O economista, atualmente em Harvard, é colunista do jornal "Folha de S. Paulo".
A construção de uma agenda microeconômica é prioridade de Meirelles, após o envio da reforma da Previdência e da aprovação da PEC do teto de gasto
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