Ana Conceição | Valor Econômico
SÃO PAULO - A expectativa do mercado para a inflação em 2017 subiu pela primeira vez desde o fim de agosto de 2016, de acordo com o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC). A mediana das estimativas para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saiu de 4,85% para 4,87%.
A última vez em que essa mediana subiu foi na semana encerrada em 26 de agosto, quando saiu de 5,12% para 5,14%. Desde então, a previsão oscilou entre períodos de queda e estabilidade. Desta forma, ao menos no momento, as expectativas ainda não convergem totalmente à meta de 4,5% para 2017. O Focus mostra que a projeção para a inflação em 12 meses também subiu, de 4,77% para 4,80%.
Entre os fatores que influenciam a inflação, o Focus mostra leve queda na previsão para o dólar ao fim de 2017, de R$ 3,42 para R$ 3,40, mas aumento maior nos preços administrados, de 5,52% para 5,54%.
Para 2016, o IPCA deve encerrar em 6,38%, em vez de 6,40%, oitava revisão consecutiva para baixo. O IPCA do ano será conhecido na próxima semana.
A despeito da revisão para cima da projeção de inflação em 2017, os participantes do mercado financeiro veem uma taxa de juros mais baixa ao fim deste calendário. A mediana das estimativas para a Selic saiu de 10,50% para 10,25%. A Selic está, atualmente, em 13,75%.
Entre os analistas Top 5 - que mais acertam as previsões -, a mediana de médio prazo para o IPCA de 2016 foi de 6,40% para 6,35% de aumento e, para 2017, seguiu em 4,51%. Esse grupo vê a Selic terminando o ano em 10%.
Quanto à atividade, nada mudou. O Focus traz previsão de queda de 3,49% no Produto Interno Bruto (PIB) de 2016 e aumento de 0,50% em 2017, mesmas projeções do documento anterior.
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