Pedro Venceslau, O Estado de S. Paulo.
Pré-candidato à Presidência da República em 2018, o governador Geraldo Alckmin espera ter o DEM em seu palanque, mas, para isso, terá de administrar a conturbada relação da legenda com o PSDB.
No jantar com a cúpula do DEM na segunda-feira em São Paulo, Alckmin ouviu reclamações sobre um suposto “fogo amigo” dos tucanos, que estariam por trás de notas publicadas na imprensa contra o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A conversa serviu para desobstruir a relação e abrir caminho para um acordo de parceria no Congresso que independe da situação do presidente Michel Temer. Ambos defendem, por ora, a permanência do peemedebista no cargo. Com ou sem ele, DEM e PSDB pretendem estar juntos nas votações das reformas da Previdência e política.
Seria natural, portanto, que vislumbrassem também um acordo em 2018 na disputa presidencial e na maioria dos Estados, como ocorre desde 1994.
Mas, diante da perspectiva de ampliar a bancada na Câmara para 50 deputados e da possibilidade de ganhar um novo governador (Paulo Hartung, do Espírito Santo), o DEM não aceitará ser coadjuvante desta vez. Em 2014, vale lembrar, o PSDB lançou uma chapa pura com Aécio Neves e Aloysio Nunes.
Após o jantar de segunda-feira, um dirigente do DEM disse ao Estado que os dois partidos devem estar juntos em vários Estados, como na Bahia, onde o prefeito de Salvador, ACM Neto, disputará o governo, e mesmo no palanque nacional. A notícia deixou Maia contrariado. Em entrevista ao portal Poder 360, ele disse que o DEM não tem condições de apoiar o PSDB em 2018.
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