Thais Bilenky, Folha de S. Paulo
SÃO PAULO - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), minimizou nesta quarta-feira (26) a fala do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que o DEM não apoiará o PSDB na eleição para presidente em 2018.
"É natural que cada partido queira ter candidato próprio, é legitimo", disse Alckmin, que trabalha para ser candidato e tem no DEM paulista um de seus principais aliados no governo estadual.
"Você pode ter aliança no primeiro turno, no segundo turno, em nível federal, em nível estadual", sugeriu, antes de jantar com caciques do PSB, no Palácio dos Bandeirante, sede do governo paulista. "Precisamos ter pontes, ter diálogo."
Ao site "Poder 360", Maia disse que "o DEM não tem condições de apoiar o PSDB para presidente". Sua fala se deu após encontro de líderes do DEM com Alckmin na segunda-feira (24).
Sobre a sequência de conversas com partidos em meio a articulações para viabilizar a sua candidatura presidencial, o governador negou qualquer caráter eleitoral.
"É sempre bom conversar nesses momentos de crise", afirmou. "Não tem conversa para o ano que vem, cada coisa tem seu tempo. As conversas são para agora."
Participam do jantar o vice de Alckmin, Márcio França, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, o ex-deputado Beto Albuquerque, os governadores Paulo Câmara (PE) e Rodrigo Rollemberg (DF), o prefeito de Recife, Geraldo Julio, e o ex-governador do Espírito Santo, Renato Casagrande.
Ao se despedir dos jornalistas, questionado sobre qual seria a próxima conversa com partidos, ele se saiu com uma piada e deixou no ar que as articulações permanecem.
"Em Pindamonhangaba [(SP, sua cidade natal], tinha um cinema chamado Cine Brasil. Domingo tinha o seriado. Aí, no auge, quando a mocinha caía do precipício, a tela fechava e dizia 'Volte domingo que vem'."
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