Por Fernanda Pires | Valor Econômico
SÃO PAULO - Figura central nas articulações do PSB para a eleição presidencial o governador de São Paulo, Márcio França, avalia que haverá ao menos "um representante de Pinda" no segundo turno da disputa à Presidência da República. A manifestação é uma referência a Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT), ambos naturais de Pindamonhangaba e próximos a França - em graus distintos.
Por Alckmin, de quem foi vice e herdou o governo com a desincompatibilização do tucano para disputar o Palácio do Planalto, França disse ter profunda admiração. "É extremamente idôneo". Mas esteve na semana passada com Ciro Gomes, no âmbito das discussões da aliança nacional do PSB, partido que está dividido sobre quem apoiar.
"O PSB acabou ficando numa posição múltipla. Basicamente Espírito Santo e Brasília querem ir com Ciro; Pernambuco e Paraíba querem ir com o PT; eu quero ir com o Alckmin. É uma posição múltipla, típica de quem perdeu seu principal condutor que era o Eduardo [Campos]. Nós não temos esse consenso hoje. Vamos tentar de tudo para não ter de ir para o voto. São 620 delegados de todo o Brasil que vão decidir, aí pode dar tudo", disse França ao Valor.
O governador enxerga dois campos fortes nacionalmente: Ciro-PT, de um lado, e Alckmin-Bolsonaro de outro. Mas acha difícil dois do mesmo lado irem juntos para o segundo turno.
"Alckmin é mais preparado e experiente [que Bolsonaro]. Se tiver a composição partidária que permita a ele ter tempo de televisão e o Bolsonaro não, é claro que ele fica com mais chance. Do outro lado é a mesma coisa, o PT tem um ativo forte e Ciro nesse instante é quem agrega",afirmou.
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