Durante campanha em Minas Gerais, candidato do PSDB ao Planalto ainda afirmou que o PT é responsável pela atual crise econômica
Leonardo Augusto | O Estado de S.Paulo
CONTAGEM (MG) - O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, concentrou nesta quarta-feira, 12, ataques ao agora confirmado presidenciável do PT , Fernando Haddad.
Durante campanha em Minas Gerais, com passagem em Contagem e Betim, o tucano classificou como "inacreditável" o fato de a candidatura do ex-prefeito de São Paulo ter sido confirmada "na porta de uma penitenciária", onde está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato. Lula está detido na sede da Polícia Federal de Curitiba desde o dia 7 de abril. A entrada de Haddad na disputa foi confirmada nessa terça-feira, 11, na capital paranaense.
"O PT ficou escondendo o Haddad. Agora vai ter que se apresentar como candidato e explicar 13 milhões de desempregados, porque isso não começou hoje. É herança do PT, quem quebrou o País foram eles. O PT não tem limites para chegar ao poder", disse Alckmin.
O candidato tucano ainda negou que a propaganda de seu partido no horário eleitoral concentre críticas em seu rival do PSL na disputa, Jair Bolsonaro, líder nas pesquisas de intenção de voto. "Nós não fazemos nenhuma crítica, não sou eu quem falo. Isso está no YouTube. Se ele fala coisas desrespeitosas, é ele, não somos nós. Simplesmente pegamos as falas e colocamos", disse.
Alckmin observa que a disputa presidencial este ano tem candidato do PT e "adoradores do PT e do Lula". Ele enfatizou a relação de seus principais adversários na corrida eleitoral com o PT. "O Ciro foi ministro do Lula. Sempre apoiou o PT e a Dilma. O Henrique Meirelles (MDB) também se vangloria de ter sido presidente do Banco Centraldo PT. A Marina Silva foi 24 anos filiada ao PT. E agora o Haddad", afirmou.
Na disputa com Ciro Gomes (PDT), Haddad e Marina Silva (Rede) pelo segundo lugar nas leituras de intenção de voto, o tucano disse haver tempo para conquistar votos. "Se pegarmos as últimas eleições, as decisões foram mais próximas da data da eleição. A população reflete, compara e decide seu voto". Ele avaliou que as pesquisas de intenção de voto mostraram uma disputa pelo segundo lugar e que o quadro eleitoral ainda está em definição para o primeiro turno.
"O que as pesquisas mostram é que tem um segundo lugar ainda não definido. E que tem quatro pré-candidatos disputando esse segundo lugar", disse o ex-governador de São Paulo. "Agora é que as coisas estão se definindo."
Segundo os últimos levantamentos do Datafolha e do Ibope, o tucano está embolado no segundo lugar com Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Fernando Haddad (PT). Jair Bolsonaro (PSL) lidera a disputa em ambas as pesquisas.
Ao lado da vice em sua chapa, senadora Ana Amélia, sua mulher, Lu Alckmin, e do candidato ao governo de Minas pelo PSDB, Antonio Anastasia, Alckmin prometeu reduzir gastos caso assuma o Planalto. "Não ter mais 30 ministérios, vamos vender avião, helicóptero, reduzir gastos, cortar na carne para poder apertar o cinto do governo, para não apertar o cinto do povo, é o Brasil voltar a crescer", afirmou, durante ato para correligionários em Contagem. O candidato também garantiu que, caso seja eleito, o país deve crescer 4% em 2019 sob seu governo.
O tucano prometeu ainda solução para a crise fiscal enfrentada pelo estado. "Vou ser parceiro do estado na renegociação da dívida. Vamos fazer uma reavaliação da questão fiscal. Fazer um bom entendimento para rapidamente poder recuperar a capacidade de investimento deste estado", prometeu. Em Betim, o candidato visitou empresa do setor automotivo.
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