Número de desocupados no país seguiu aumentando mesmo depois de a economia voltar a crescer, indica a pesquisa do IBGE
- O Globo
Desde o início da crise econômica brasileira, em 2014, o contingente de desempregados no Brasil teve um incremento de 6 milhões de pessoas.
A maior parte desse acréscimo se deu no período da recessão — 2014 a 2016 —, quando o crescimento do grupo de desempregados foi de 4 milhões de pessoas. Mas, mesmo após a economia brasileira voltar a crescer, o número de desocupados no país seguiu aumentando.
MAIS DESALENTADOS
Também aumentou a quantidade de brasileiros que desistiu de procurar emprego, os chamados desalentados. Na média do ano de 2018, esse grupo somou 4,7 milhões de pessoas, alta de 13,4% em relação a 2017.
A menor estimativa para esse segmento foi em 2014, quando incluía 1,5 milhão de pessoas. Dessa forma, em quatro anos, outros 3,2 milhões de pessoas com 14 anos ou mais se tornaram desalentadas e se juntaram ao conjunto de brasileiros que não entregam à economia tudo o que poderiam produzir.
27 MILHÕES SUBUTILIZADOS
Em 2018, a população subutilizada ficou em pouco mais de 27 milhões nos últimos três meses de 2018 e apresentou estabilidade em relação ao terceiro trimestre, destacou a Pnad Contínua, do IBGE.
Na média anual, houve alta de 3,4% em relação a 2017, com 27,4 milhões de trabalhadores nessa condição. Esse grupo é composto pelos desempregados, subocupados (que trabalham menos de 40 horas semanais) e pela força de trabalho potencial (os que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho).
A massa de rendimentos, importante indicador do potencial de compra das famílias brasileiras e indispensável para ajudar a atividade econômica a deslanchar, cresce há três trimestres seguidos e encerrou o ano em R$ 204,6 bilhões.
Esse crescimento tem um componente demográfico. Reflete um aumento da população ocupada, que teve adição de 900 mil pessoas entre o último trimestre de 2017 e o mesmo período de 2018.
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