- O Estado de S. Paulo
Que governo precisa de oposição se pode ter Jair Bolsonaro? O presidente, neste momento, não se dedica a defender a trinca de reformas essenciais ao seu governo, a negociar o pacto federativo, a comandar a resposta do governo às questões ambientais ou a defender a aprovação do pacote anticrime. Ele está empenhado, mesmo, em brigar com o próprio partido e em mudar de legenda a um ano das eleições municipais e três da reeleição.
Sua ida e de seus apoiadores ao PSL resultou numa bancada de 52 deputados e um fundo partidário de mais de R$ 100 milhões. De que importa? Um presidente que desdenha da articulação política trata de dinamitá-la já em casa — e, aliás, adora mudar de casa, brigar com os vizinhos, com o proprietário, com os co-habitantes.
Diante desse quadro caótico, as reformas aguardam, os investidores observam perplexos, a oposição é desnecessária e ele ainda vai dar um jeito de dizer que a imprensa não destaca os fatos positivos de seu governo. É porque eles são todos ofuscados pela agenda particular, destrutiva e conflituosa do presidente da República.
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