Por Francisco Leali | O Globo
O presidente Jair Bolsonaro lançou a isca: dos Estados Unidos, sem que nada ou ninguém tivesse tratado do tema, defendeu a teoria de uma fraude na eleição de 2018. Na sua lógica, só não levou a faixa presidencial no primeiro turno por conta disso.
Enquanto o planeta se estressa com bolsas em baixa e casos de coronavírus alcançando mais países, Bolsonaro afirma que estão exagerando tanto sobre a crise econômica, quanto sobre o problema de saúde pública.
Bolsonaro quer que se fale dele. E apresenta-se como vítima de um complô eleitoral há dois anos. As palavras do presidente parecem ter destino certo: fala para sua rede de seguidores que está com hora marcada para ir às ruas.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelo peso político que a fala do presidente da República tem, se viu obrigado a divulgar nota reafirmando a credibilidade do processo eleitoral, questão que, sabe-se, é fundamento de regime democrático.
Enquanto isso, o filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro, que tem uma montanha de seguidores digitais, se encarregou de ressuscitar um vídeo do dia da votação no primeiro turno em que eleitores se diziam perplexos por não conseguirem votar no 17. Os relatos, checados pela justiça eleitoral na época, não se sustentavam. Mas a família Bolsonaro indica que prefere a versão ao fato.
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