Constituição italiana era mais do que um texto jurídico. Para um país que saíra da barbárie do fascismo, era “um compromisso, necessário e a longo prazo benéfico, entre forças políticas apoiadas em ideias morais e sociais diferentes, algumas vezes até opostas”. O que se espera da Constituição é que ela defina as regras do jogo. Mas o modo como um governo se conduz nesse jogo, “se deve colocar-se mais à esquerda ou mais à direita, se deve ir ao ataque ou fechar-se na defesa, nenhuma Constituição o pode estabelecer”
Deixo para os fanáticos, aqueles que desejam a catástrofe, e para os insensatos, aqueles que pensam que no fim tudo se acomoda, o prazer de serem otimistas. O pessimismo é um dever civil. (...) Só um pessimismo radical da razão pode despertar com uma sacudidela aqueles que, de um lado ou de outro, mostram que ainda não se deram contam de que o sono da razão gera monstros”.
*Bolsonaro e o pessimismo da razão*, Editorial do Estado de S. Paulo, 10/5/2020.
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