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Água para beber e lavar as mãos é pedir demais?
Em meio à pandemia onde a ordem planetária é para que se lavem as mãos com água e sabão ou com álcool gel, o quarto ministro da Educação de Bolsonaro no curto período de 18 meses poderia se comprometer logo de saída pelo menos com uma coisa: garantir água potável para os quase 2 milhões de alunos sem acesso a ela.
Seria pedir muito? Lavar as mãos com água suja – e pior, bebê-la – não detém o Covid-19 e ainda atrai um monte de outras doenças. Segundo dados do Censo Escolar de 2019 citados pelo O GLOBO, de um total de 139 mil escolas públicas estaduais e municipais espalhadas pelo país, falta água potável em 10.685 delas.
Em 8% das escolas que atendem 800 mil alunos não há também ligação com esgoto público e nenhum tipo de fossa. Em 4% das escolas (614 mil alunos) não há banheiro. E em 3% (148 mil alunos) não há energia elétrica. Não é, pois, de espantar que apenas 25% das escolas liberam a internet para os alunos.
Acabar com o déficit de água potável nas escolas públicas marcaria para sempre a passagem de qualquer um pelo Ministério da Educação.
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