Foi assim na ruptura com o Estado Novo, de Getúlio
Vargas, em 1945; na garantia da posse de Juscelino Kubitschek, dez anos depois;
na superação da ditadura dos generais, em 1985; e no impedimento de Collor de
Mello, em 1992. No núcleo dessa política se configurava a aliança dos liberal-democratas
com os social-democratas e os comunistas.
Este é o espaço da Frente Ampla, da
Democracia.
Hoje, com a candidatura de Simone Tebet à
Presidência da República, este espaço volta com força à cena política, tal qual
se apresentou da última vez entre nós. Ou seja, durante o Governo Itamar
Franco, o mais progressista que o Brasil já teve, a meu juízo.
Com uma vantagem, até: temos a oportunidade, em 2022, de estender essa Frente Ampla para além da defesa - portanto indispensável - da Democracia política, incorporando a luta pelas reformas sociais e econômicas ao novo programa de Governo. A gravidade do momento assim o exige.
O que significa apreender a Democracia,
em seus múltiplos aspectos, dos embates pela sobrevivência aos combates pela
identidade cultural, da necessária proteção ao meio-ambiente à plena
incorporação das mulheres e de outros grupos ainda discriminados ao processo
nacional.
Alguns são mais democratas no plano político,
outros nos terrenos social e econômico. Mas a opção comum pela Democracia, a
sensibilidade democrática pode e deve uni-los.
A aliança que vem se formando em torno de Simone Tebet e Tasso Jereissati aponta para este caminho. MDB, PSDB e Cidadania têm uma bela história pela restauração da Democracia entre nós. Vamos continuar a trilhá-la e aprofundá-la.
*Historiador, documentarista e jornalista, autor de 20 livros em que se destacam Memorial dos Palmares, História Pré-Colonial do Brasil, Brasil, 500 anos em documentos, Velho Chico mineiro, O historiador e o tapeceiro, O caminho do alferes Tiradentes e A saída pela Democracia.
Um comentário:
Quem sabe,sabe!
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