O Globo
Ipec mostra Lula à frente após
reorganização de seu time e também dá notícias positivas ao candidato à
reeleição
O resultado do primeiro levantamento do
Ipec no segundo turno não capta um efeito claro do ímpeto político da campanha
de Jair Bolsonaro na largada do segundo turno. Impulsionado pelo resultado
obtido nas urnas para si e para os aliados, o presidente obteve nos primeiros
dias da nova etapa da disputa apoios relevantes do ponto de vista político.
Os pouco mais de 43% dos votos válidos, acima da margem de erro do que mostravam as sondagens da véspera do pleito, também deram corda ao discurso do presidente e de seus aliados de ataque aos institutos de pesquisa, inclusive com a tentativa de instrumentalizar a Polícia Federal para criminalizar os levantamentos.
O fato é que, a despeito de toda essa
movimentação, o que o Ipec mostra é que Lula avançou mais e venceria as
eleições se o segundo turno fosse realizado hoje. Em votos válidos, que
facilitam a comparação com o último domingo, o petista tem 55%, contra 45% do
presidente.
O resultado é o inverso que o próprio
Bolsonaro alcançou, nas urnas, ao derrotar o petista Fernando Haddad no segundo
turno de 2018: 55,13% a 44,87%.
Depois de dominar o noticiário da segunda e
terça-feira em razão de boa dose de perplexidade da campanha do PT com as
vitórias de aliados do presidente para o Congresso e para governos e da
distância menor entre os dois na eleição presidencial, Bolsonaro assistiu nesta
quarta-feira a uma reorganização do time lulista, com o apoio de Simone Tebet
ao petista e, mais no fim do dia, os dados do Ipec.
O discurso será de usar os resultados do
domingo para tentar desacreditar a pesquisa, que, a despeito dessa estratégia,
traz dados positivos para Bolsonaro, como o empate técnico no Sudeste e a
melhora da avaliação do governo.
O grande calcanhar de Aquiles do presidente
continua sendo a rejeição de 50%. É esse indicador que ele tenta combater ao
tentar soar mais moderado nas declarações desde que passou ao segundo turno e
ao silenciar sobre qualquer ataque às urnas eletrônicas (que, de resto, seguem
a todo vapor no submundo dos grupos e das redes sociais).
No QG lulista, depois do atordoamento com
os resultados do domingo, parece ter havido uma injeção de ânimo com o embarque
de Tebet e o apoio discreto de Ciro, além de adesões simbólicas, como a de
Fernando Henrique.
Mas existe um temor com o risco de
ampliação da vantagem de Bolsonaro em São Paulo e no Rio e uma virada em Minas
Gerais, o que faz do Sudeste, de novo, o palco principal da disputa nessas
pouco menos de quatro semanas até a volta do eleitor às urnas.
2 comentários:
É,o mês será tenso.
O IPEC antigo ibope, cometeu erros tremendos nessas eleições como fez o Ibope na eleição passada sempre a favor dos candidatos de oposição e esquerda
Isso é caso de polícia , nas previsões governo e senado então, barbarizaram
no resultado e os jornalistas continuam divulgando seus resultados
o povo não acredita
vocês são todos não se envergonham de serem tão tendenciosos?
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