sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Eliane Cantanhêde – ‘Ano primoroso’

O Estado de S. Paulo

Equador é um alerta e Lewandowski precisa ser mais ministro da Segurança do que da Justiça. Será?

O presidente Lula acenou com um “ano primoroso neste país”, durante o anúncio do novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o que já era esperado, mas vamos convir que o terceiro mandato está muito mais difícil do que os dois anteriores e os desafios em 2024 são imensos, inclusive na política externa, com várias frentes explosivas, como o ambiente de guerra civil no Equador, e Lula vem tropeçando e causando tensões desnecessárias, não só para ele, mas para o Brasil, ao se manifestar sobre questões internacionais.

Em reunião com o representante da Palestina no Brasil, Lula anunciou apoio à ação da África do Sul na Corte Internacional de Justiça de Haia pedindo cessar-fogo imediato de Israel em Gaza e citando genocídio. O julgamento da Corte começou ontem, e a resposta da comunidade judaica foi rápida, condenando e considerando “frustrante” a posição do governo brasileiro, que deve enfrentar críticas dos Estados Unidos, além, claro, de Israel.

Na reunião estavam o ministro Mauro Vieira, do Itamaraty, e o assessor internacional da Presidência, Celso Amorim, que no mesmo dia, quarta-feira, embarcou para Davos, na Suíça, para o debate sobre outro campo minado para Lula, a invasão da Rússia na Ucrânia. Como Brasil e África do Sul, a invasora Rússia é do núcleo dos Brics e Lula tem tido uma posição dúbia também em relação a essa guerra. E aí?

Além da geopolítica internacional, intrincada e tendendo a piorar, com a expansão da guerra de Israel pelo Oriente Médio, a América do Sul também não anda bem. O Equador em situação de guerra civil provocada por organizações criminosas, a Venezuela no fundo do poço e provocando a Guiana e o novo presidente da Argentina, Javier Milei, tomando decisões preocupantes para o país e a região.

O “Consenso de Brasília”, que reúne os países sul-americanos, rechaçou os ataques de organizações criminosas no Equador e admitiu que “esse flagelo afeta toda região”, mas com uma advertência: a reação do governo deve ser sob os Direitos Humanos, o Direito Internacional e as leis internas. O presidente Daniel Noboa, jovem, inexperiente em política e gestão pública e da família mais rica do país, apresentouse na campanha como “de centro”, mas é uma incógnita.

Na política interna, o Centrão é insaciável, o PT só pensa na eleição municipal e o risco na economia é o descontrole fiscal, que pode comprometer investimentos e crescimento, mas o que mais preocupa é a violência. O Equador é um sinal amarelo. Mais do que ministro da Justiça, Lewandowski precisa ser ministro da Segurança Pública. Com o PT?

 

4 comentários:

Anônimo disse...

O COMBATE AO TERRORISMO
TEM QUE IR ATÉ O FIM

A iniciativa do governo da África do Sul contra Israel, conhecidas as ligações pessoais de seu presidente, Cyril Ramaphosa, e as antigas ligações do CNA- Conselho Nacional Africano, partido de Ramaphosa, com a Rússia, tem como objetivo favorecer os terroristas do Hamas e dificultar o combate ao terrorismo.

O governo da África do Sul, ao criar dificuldades para Israel, obedece a Putin em troca de favores e Putin tem com isso a intenção mais de desgastar indiretamente os Estados Unidos, por os Estados Unidos não atuarem para impedir que os terroristas do Hamas sejam combatidos, que atingir Israel.

É importante observar também que fica fácil para a Rússia e Vladimir Putin conseguirem ter essa cumplicidade de Cyril Ramaphosa e do CNA porque há um ressentimento muito forte do governo Sul-Africano por Israel, devido a durante décadas Israel ter defendido absurdamente o apartheid que vigorava na África do Sul:: hoje Israel está pagando o preço por ter colaborado com aquele abuso que foi o apartheid.

O COMBATE AO TERRORISMO

É bem compreensiva a mágoa que a África do Sul tem de Israel. A falta de sensibilidade e a irresponsabilidade de Israel ao apoiar o apartheid foi tão grande que nada vai conseguir que diminua essa mágoa.
■Mas é uma pena que a África do Sul deixe que a mágoa se sobreponha ao imperativo moral de se combater os terroristas.
■E há ainda uma impropriedade nesta acusação da África do Sul contra Israel, de Israel estar cometendo genocídio em Gaza:: o conceito de genocídio não se aplica ao caso Israel-Palestinos. Se erros estiverem ocorrendo em Gaza por parte de Israel, e há indícios fortes de que estejam ocorrendo, são erros que poderão ser caracterizados como crimes de guerra e não como genocídio.

Anônimo disse...


■■■Sempre ocorrem erros durante o combate de terroristas ou outros tipos de delinquentes. E Israel está tendo que combater os terroristas em área urbana, o que dificulta tudo.
■Erros que Israel possa ter cometido no combate aos terroristas do Hamas deverão ser investigados e Israel deverá ser punido se os erros caracterizarem mesmo crimes de guerra.
■Mas é preciso ter bem claro que crime de guerra ocorre quando há decisão deliberada de vitimar civis, e não por erros durante um combate.
=>E é preciso observar sempre que a covardia dos terroristas do Hamas é tão grande que eles chegam a usar a própria população, e até mesmo usam crianças e velhos, como escudos humanos para morrerem no lugar deles.

É completamente atroz defender e proteger estes terroristas mais do que covardes, como Lula e o PT apoiam e defendem!

■■Eu duvido que tenha ocorrido decisão deliberada por parte de Israel de vitimar civis. Acho mesmo que é o grande treinamento do exército de Israel nesse tipo de combate em área urbana adensada e a determinação do exército de Israel de mitigar as consequências do combate o que está levando a ocorrer vítimas civis em menor número que o esperado.

Em combate urbano em área adensada, como é em Gaza, o esperado é um número de vítimas oito a doze vezes maior que o que tem ocorrido, e isto é uma virtude do exército de Israel, e não um defeito, ainda mais que os terroristas usam civis como escudos humanos.

=>Observo que o estudo que dá uma contagem de vítimas menor que o esperado foi feito pelo Serviço de Inteligência de Israel para controle interno e não feito para propaganda.
■Mas será a verdade?

=>Por outro lado, o número exagerado de vítimas civis que repetem por aí tem como fonte o Hamas, que é um grupo terrorista, e tem claramente o objetivo de se vitimar e desgastar Israel.

Entre um número e outro de vítimas informadas, melhor acreditar na democracia de Israel e não nos terroristas do Hamas:: em terroristas não se confia nunca!

■■■De qualquer modo, por agora eu confio… mas confio sempre desconfiando… nos números de Israel. E nunca confio, claro, nos números dos terroristas.
■E quero ver toda a situação investigada e se forem confirmados crimes de Israel, tem que haver punição adequada.

=》Mas não quero, de jeito nenhum, que os amigos dos terroristas consigam imterromper o combate e assim permitir que seus terroristas continuem fortes para serem usados pelas ditaduras, como agora essas ditaduras deram aos terrorista treinamento e armas para abrirem nova frente de guerra que desvie a atenção dos – neste caso, sim, deliberadamente- assassinatos de civis na Ucrânia feitos pela ditadura da Rússia.

■A paz no Corredor Palestino nunca será alcançada se os terroristas não forem combatidos até o fim.
■Mas também não haverá paz se os israelenses que ocuparam terras palestinas não forem retirados das terras que estão roubando* e os palestinos serem indenizados por este roubo de terras e apoiados na construção de um Estado Palestino; um Estado que não esteja sob o controle de terroristas, é claro!

*Roubo de terras?
■Sim! Que nome pode ter a expulsão de palestinos de suas terras e a ocupação das mesmas por israelenses?

Edson Luiz Pianca
W:(27)992382119

Anônimo disse...

CORRIGINDO ACIMA::
CNA- Congresso Nacional Africano (e não "Conselho").

ADEMAR AMANCIO disse...

Pois é.