TSE RECEBE 'PACTO CONTRA VOTO DE CABRESTO'
Ayres Britto fala sobre campanha com Gabeira e Chico Alencar
Ayres Britto fala sobre campanha com Gabeira e Chico Alencar
BRASÍLIA. Em protesto à ingerência do tráfico sobre eleitores nas favelas do Rio, três candidatos à prefeitura protocolaram ontem documento no Tribunal Superior Eleitoral para chamar atenção para o problema. Autor da idéia, Chico Alencar (PSOL-PSTU) pediu apoio dos adversários ao documento, que batizou de "Pacto contra o voto de cabresto", mas só Fernando Gabeira (PV-PSDB-PPS) e Eduardo Serra (PCB) assinaram o texto.
Hoje, Chico e Gabeira têm audiência às 11h, com o ministro da Justiça, Tarso Genro, para tratar do mesmo tema. Ontem à noite, os dois foram recebidos pelo presidente do TSE, Carlos Ayres Britto. O ministro quis saber a opinião deles sobre a situação das campanhas na cidade e avisou que o TSE tem o poder de requisitar forças federais para garantir a segurança das eleições. Os dois deixaram claro que não são favoráveis ao uso da Força Nacional.
Tribunal apoiará campanha educativa sobre voto livre
Ayres Britto está analisando as medidas tomadas até agora, mas só deverá tomar uma posição depois de ouvir os demais ministros da Corte. Na sessão de ontem, ele tocou de forma rápida no problema enfrentado pelo Rio, avisou que conversaria com os dois deputados e que poderia trazer mais notícias sobre o problema na sessão de amanhã. Britto deverá esperar ainda a reunião que fará, no próximo dia 11, com o ministro da Justiça, Tarso Genro, o presidente do TRE do Rio, Roberto Wider e o diretor do Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, para anunciar sua decisão.
- Estamos em fase de planejamento de atividade, Vamos aguardar o resultado das ações já adotadas e estudar as sugestões feitas pelos que estão convivendo com o problema - declarou Britto, antes da sessão.
Gabeira e Chico informaram que o ministro apoiou a realização de uma campanha, na TV, que será feita com o TRE-RJ, para mostrara a importância do voto livre e destacando que o voto é secreto.
- Haverá um trabalho conjunto do TSE e do TRE-RJ sobre o voto livre e consciente, e queremos que introduza a informação de que o voto é secreto. No Rio, isso é muito importante porque as milícias dizem que é possível saber como cada pessoa votou - disse Gabeira.
No documento protocolado no TSE, os candidatos criticam a influência de "poderes paralelos e despóticos" nas eleições. Eles se comprometem a sustar na Justiça Eleitoral o registro de candidaturas de correligionários que "comprovadamente fizerem aliança com a truculência e praticarem o crime de captação de sufrágio".
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