Liana Melo
DEU EM O GLOBO
De forma surpreendente, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, abandonou ontem o discurso da política monetária e disse estar preocupado com a taxa de desemprego no país. No segundo semestre, disse, a crise global fará o número de desempregados subir e voltar aos níveis de 2007. Na véspera, o governo comemorara a criação de 106 mil vagas em abril, o triplo do registrado no mês anterior. De acordo com o IBGE, a taxa média de desemprego em 2007 foi de 9,3%. No ano seguinte, em 2008, caiu para 7,9%. Em março deste ano, último dado disponível, ficou em 9%, após atingir o menor patamar histórico, de 6,8%, em dezembro passado.
DEU EM O GLOBO
De forma surpreendente, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, abandonou ontem o discurso da política monetária e disse estar preocupado com a taxa de desemprego no país. No segundo semestre, disse, a crise global fará o número de desempregados subir e voltar aos níveis de 2007. Na véspera, o governo comemorara a criação de 106 mil vagas em abril, o triplo do registrado no mês anterior. De acordo com o IBGE, a taxa média de desemprego em 2007 foi de 9,3%. No ano seguinte, em 2008, caiu para 7,9%. Em março deste ano, último dado disponível, ficou em 9%, após atingir o menor patamar histórico, de 6,8%, em dezembro passado.
Meirelles: "Desemprego é preocupante, estamos retrocedendo 2 anos"
Presidente do BC alerta que a partir do meio do ano trajetória de emprego deve ser comparável à de 2007
Um dia depois de o governo anunciar a criação de 106 mil novas vagas de emprego em abril - três vezes mais que no mês anterior - o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, admitiu estar preocupado com os dados de desemprego no país. A crise financeira global, disse, vai provocar um retrocesso no mercado de trabalho, que deverá retomar os níveis de 2007 no segundo semestre. Os dados de emprego de abril são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
- A previsão do índice de desemprego no segundo semestre vai levar a uma trajetória, a partir do meio do ano, comparável à de 2007. É preocupante, já que estamos retrocedendo dois anos. Mas não devemos esquecer que existem países que dados de desemprego comparáveis às das décadas de 40 e 60 - disse Meirelles, que esteve ontem, no Rio, participando do XXI Fórum Nacional.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa média de desemprego em 2007 foi de 9,3%. No ano seguinte, em 2008, este percentual caiu para 7,9%. Em março deste ano, último dado disponível, ficou em 9%, após atingir o menor patamar histórico, de 6,8%, em dezembro passado.
Alguns economistas já vinham alertando para o aumento da taxa de desemprego em 2009. Analistas não descartam a possibilidade de a taxa de desemprego voltar a dois dígitos, ou seja, acima dos 10%.
Apesar de sua preocupação quanto ao mercado de trabalho, Meirelles reafirmou que o Brasil tem todas as condições de sair "mais forte da crise econômica".
O presidente do BC comentou ainda que até o fim do ano a dívida pública brasileira deverá girar em torno de 38% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país). O mercado, por sua vez, comentou ele, está trabalhando com projeções que giram entre 37,5% até cerca de 39%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário