DEU NO VALOR ECONÔMICO
César Felício, de Belo Horizonte
O balanço prévio das convenções até agora realizadas mostra que o PT repete a sina do PSDB na aliança com o PMDB. Em com paração com 2006 saíram de 17 para 11 os palanques próprios dos petistas. Na aliança com os pemedebistas em 2002, os tucanos também cederam espaço pela chapa formada por José Serra e Rita Camata e se limitaram a 11 palanques próprios. Este ano PSDB terá 17 candidatos a governador, o PMDB, 15 e o PT, 11. Em oito Estados haverá embate direto entre petistas e pemedebistas, entre eles o Pará e a Bahia, onde o PMDB se recusou a apoiar a reeleição respectivamente dos petistas Ana Júlia Carepa e Jaques Wagner. A aliança local entre os dois partidos deve ocorrer em 12 Estados.
O PMDB deve se aliar ao PSDB em cinco Estados, apoiando tucanos para o governo estadual em São Paulo, Roraima e Amapá. O PMDB comanda a aliança oposicionista à candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, em Pernambuco e Mato Grosso do Sul.
Os pemedebistas só apoiam petistas no Distrito Federal e Sergipe. Já o PT foi forçado a apoiar o PMDB no Maranhão e em Minas Gerais e fez a aliança sem grandes contestações regionais no Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso e Paraíba. Petistas e pemedebistas apoiam outros partidos no Ceará, Piauí, Alagoas e Espírito Santo. No Rio Grande do Norte, o PMDB não fez coligação formal para poder se dividir sem constrangimentos: o líder do partido na Câmara, Henrique Alves, apoia o candidato do PT, o governador Iberê Ferreira (PSB). O senador Garibaldi Alves Filho apoia para o governo a senadora Rosalba Ciarlini (DEM).
Em 2006, PMDB e PSDB estavam empatados em candidaturas próprias: 16 cada um, enquanto o PT tinha uma a mais. A distância entre os três partidos é ainda maior em comparação com a eleição de 2002, ocasião em que o PT lançou candidato em 23 Estados. Naquele momento, coligado com o PSDB, o e PMDB lançou candidatos em 15 Estados e o PSDB, 11.
Nos demais partidos, o DEM e o PPS mantiveram um padrão centralizado de alianças, evitando coligações com os partidos governistas, e o PSB e o PDT fizeram o mesmo em relação a coligações com oposicionistas. Os integrantes do DEM se coligaram ao PSDB em 17 Estados. A exceção notável, por ora, é o Pará, em que a governadora Ana Júlia (PT) cedeu espaço em sua chapa para que o DEM lance Valéria Franco ao Senado. Na chapa do candidato tucano, Simão Jatene, o PSDB não aceitou abrir mão da candidatura ao Senado de Flexa Ribeiro. Ainda há dúvidas sobre qual será a reação da direção nacional do DEM, que havia proibido coligações com o PT.
O PSB foi recompensado pela degola do candidato próprio à Presidência, o deputado Ciro Gomes. Terá o apoio do PT e do PMDB no Ceará, Piauí, Espírito Santo e apenas dos petistas no Amapá e Rio Grande do Norte. Contudo, o partido dará o palanque ao candidato tucano à presidência, José Serra, na Paraíba.
Sem candidato a presidente, o PP está feudalizado entre os governadores. Em 14 dos 27 Estados o partido está aliado ao governador atual. Com total controle sobre o PTB, o ex-deputado federal e presidente nacional da sigla Roberto Jefferson conseguiu fechar acordos com o PSDB em apenas sete Estados.
O quadro das candidaturas estaduais está longe da consolidação. Os cenários mais nebulosos estão no Ceará e no Paraná. No Ceará, o rompimento entre o senador Tasso Jereissati (PSDB) e o governador Cid Gomes (PSB) poderá finalmente produzir uma candidatura de oposição local. Até o momento, descontando os candidatos de partidos nanicos, Cid é o único postulante. Tasso poderá organizar uma aliança envolvendo o PSDB, DEM, PPS e o PTB. Cotado para ser vice de Serra, Tasso a princípio é candidato à reeleição no Ceará, enfrentando José Pimentel (PT) e Eunício Oliveira (PMDB).
No Paraná, o senador Osmar Dias (PDT) adiou a decisão sobre qual cargo disputará este ano. Osmar tanto pode ser o candidato de uma aliança com o PT, como pode ser candidato à reeleição na chapa do PSDB. O quadro tornou-se complexo para os aliados de Dilma após a desincompatibilização do ex-governador Roberto Requião (PMDB). Requião perdeu o controle da sigla e o novo governador, Orlando Pessuti, decidiu disputar a reeleição, dividindo o palanque situacionista. Se Dias fechar um acordo com os tucanos, o PT tende a improvisar uma candidatura própria.
A falta de um vice na chapa não é um problema apenas para Serra. O cargo também está vago nas chapas do governador Antonio Anastasia (PSDB) em Minas Gerais e na de seu rival, o senador Hélio Costa (PMDB). É a mesma situação do candidato do PT ao governo paulista, Aloizio Mercadante.
Em Santa Catarina, nenhum dos possíveis candidatos conseguiu fechar alianças significativas, produzindo um cenário pulverizado. Caso as negociações de última hora fracassem, será o único Estado em que cinco candidaturas competitivas foram lançadas, dividindo tanto o palanque de Dilma Rousseff quanto o de Serra. Para tentar evitar esse cenário, todos os partidos no Estado marcaram suas convenções para o fim do prazo de definição das candidaturas, no dia 30 de junho.
No Distrito Federal, o colapso do governo Arruda fez com que DEM e PSDB não conseguissem consolidar um novo candidato e nem fecharam ainda um acordo eleitoral com o primeiro colocado nas pesquisas, o ex-governador Joaquim Roriz (PSC).
César Felício, de Belo Horizonte
O balanço prévio das convenções até agora realizadas mostra que o PT repete a sina do PSDB na aliança com o PMDB. Em com paração com 2006 saíram de 17 para 11 os palanques próprios dos petistas. Na aliança com os pemedebistas em 2002, os tucanos também cederam espaço pela chapa formada por José Serra e Rita Camata e se limitaram a 11 palanques próprios. Este ano PSDB terá 17 candidatos a governador, o PMDB, 15 e o PT, 11. Em oito Estados haverá embate direto entre petistas e pemedebistas, entre eles o Pará e a Bahia, onde o PMDB se recusou a apoiar a reeleição respectivamente dos petistas Ana Júlia Carepa e Jaques Wagner. A aliança local entre os dois partidos deve ocorrer em 12 Estados.
O PMDB deve se aliar ao PSDB em cinco Estados, apoiando tucanos para o governo estadual em São Paulo, Roraima e Amapá. O PMDB comanda a aliança oposicionista à candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, em Pernambuco e Mato Grosso do Sul.
Os pemedebistas só apoiam petistas no Distrito Federal e Sergipe. Já o PT foi forçado a apoiar o PMDB no Maranhão e em Minas Gerais e fez a aliança sem grandes contestações regionais no Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso e Paraíba. Petistas e pemedebistas apoiam outros partidos no Ceará, Piauí, Alagoas e Espírito Santo. No Rio Grande do Norte, o PMDB não fez coligação formal para poder se dividir sem constrangimentos: o líder do partido na Câmara, Henrique Alves, apoia o candidato do PT, o governador Iberê Ferreira (PSB). O senador Garibaldi Alves Filho apoia para o governo a senadora Rosalba Ciarlini (DEM).
Em 2006, PMDB e PSDB estavam empatados em candidaturas próprias: 16 cada um, enquanto o PT tinha uma a mais. A distância entre os três partidos é ainda maior em comparação com a eleição de 2002, ocasião em que o PT lançou candidato em 23 Estados. Naquele momento, coligado com o PSDB, o e PMDB lançou candidatos em 15 Estados e o PSDB, 11.
Nos demais partidos, o DEM e o PPS mantiveram um padrão centralizado de alianças, evitando coligações com os partidos governistas, e o PSB e o PDT fizeram o mesmo em relação a coligações com oposicionistas. Os integrantes do DEM se coligaram ao PSDB em 17 Estados. A exceção notável, por ora, é o Pará, em que a governadora Ana Júlia (PT) cedeu espaço em sua chapa para que o DEM lance Valéria Franco ao Senado. Na chapa do candidato tucano, Simão Jatene, o PSDB não aceitou abrir mão da candidatura ao Senado de Flexa Ribeiro. Ainda há dúvidas sobre qual será a reação da direção nacional do DEM, que havia proibido coligações com o PT.
O PSB foi recompensado pela degola do candidato próprio à Presidência, o deputado Ciro Gomes. Terá o apoio do PT e do PMDB no Ceará, Piauí, Espírito Santo e apenas dos petistas no Amapá e Rio Grande do Norte. Contudo, o partido dará o palanque ao candidato tucano à presidência, José Serra, na Paraíba.
Sem candidato a presidente, o PP está feudalizado entre os governadores. Em 14 dos 27 Estados o partido está aliado ao governador atual. Com total controle sobre o PTB, o ex-deputado federal e presidente nacional da sigla Roberto Jefferson conseguiu fechar acordos com o PSDB em apenas sete Estados.
O quadro das candidaturas estaduais está longe da consolidação. Os cenários mais nebulosos estão no Ceará e no Paraná. No Ceará, o rompimento entre o senador Tasso Jereissati (PSDB) e o governador Cid Gomes (PSB) poderá finalmente produzir uma candidatura de oposição local. Até o momento, descontando os candidatos de partidos nanicos, Cid é o único postulante. Tasso poderá organizar uma aliança envolvendo o PSDB, DEM, PPS e o PTB. Cotado para ser vice de Serra, Tasso a princípio é candidato à reeleição no Ceará, enfrentando José Pimentel (PT) e Eunício Oliveira (PMDB).
No Paraná, o senador Osmar Dias (PDT) adiou a decisão sobre qual cargo disputará este ano. Osmar tanto pode ser o candidato de uma aliança com o PT, como pode ser candidato à reeleição na chapa do PSDB. O quadro tornou-se complexo para os aliados de Dilma após a desincompatibilização do ex-governador Roberto Requião (PMDB). Requião perdeu o controle da sigla e o novo governador, Orlando Pessuti, decidiu disputar a reeleição, dividindo o palanque situacionista. Se Dias fechar um acordo com os tucanos, o PT tende a improvisar uma candidatura própria.
A falta de um vice na chapa não é um problema apenas para Serra. O cargo também está vago nas chapas do governador Antonio Anastasia (PSDB) em Minas Gerais e na de seu rival, o senador Hélio Costa (PMDB). É a mesma situação do candidato do PT ao governo paulista, Aloizio Mercadante.
Em Santa Catarina, nenhum dos possíveis candidatos conseguiu fechar alianças significativas, produzindo um cenário pulverizado. Caso as negociações de última hora fracassem, será o único Estado em que cinco candidaturas competitivas foram lançadas, dividindo tanto o palanque de Dilma Rousseff quanto o de Serra. Para tentar evitar esse cenário, todos os partidos no Estado marcaram suas convenções para o fim do prazo de definição das candidaturas, no dia 30 de junho.
No Distrito Federal, o colapso do governo Arruda fez com que DEM e PSDB não conseguissem consolidar um novo candidato e nem fecharam ainda um acordo eleitoral com o primeiro colocado nas pesquisas, o ex-governador Joaquim Roriz (PSC).
Nenhum comentário:
Postar um comentário