DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Representantes dos partidos veem uso indevido do imposto sindical na assembleia da Conclat de anteontem, em São Paulo
Roberto Almeida
DEM e PSDB devem entrar com representação na Justiça Eleitoral contra as cinco centrais sindicais - Força, CUT, CGTB, CTB e Nova Central -, que realizaram anteontem a assembleia da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), no Estádio do Pacaembu, em São Paulo.
O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou que o caso já está sob análise do departamento jurídico da legenda. "Se é para cumprir nosso papel, nós vamos cumprir, mesmo que para eles não faça a menor diferença", disse, sobre os dirigentes sindicais que discursaram na Conclat.
"O desrespeito é diário e permanente", afirmou Maia. "Se voltaram a fazer dossiê (referência ao suposto dossiê contra o pré-candidato tucano José Serra), são capazes de fazer de tudo."
Na Conclat, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, baixou o tom durante sua fala, temendo represálias da Justiça Eleitoral. No dia anterior, em evento com movimentos sociais, havia chamado Serra de "um sujeito" capaz de gerar "conflito social" e tirar o direito dos trabalhadores.
Artur Henrique, presidente da CUT, que também havia atacado Serra um dia antes, falou na Conclat em "não permitir o retrocesso", referindo-se ao pré-candidato tucano. Em seguida, citou nominalmente Fernando Henrique Cardoso, com críticas à sua gestão na Presidência.
Além dos discursos dos presidentes, o evento todo, com quatro horas de duração e dezenas de pronunciamentos de dirigentes sindicais, foi permeado por falas incisivas em favor da petista Dilma Rousseff e rasgados elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em um vídeo, apresentado no telão do estádio, a menção à exploração do petróleo do pré-sal foi coberta por uma imagem de Lula.
Imposto sindical. O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), classificou a assembleia da Conclat no Pacaembu como "mais um capítulo de uma lamentável novela de uso do dinheiro público em favor da estrutura governista".
O senador se refere ao uso do dinheiro arrecadado pelas centrais com o imposto sindical ? valor de um dia de trabalho ao ano de todo trabalhador com carteira assinada ? para custear o evento.
Segundo Paulinho, as cinco centrais sindicais empenharam R$ 800 mil para pagar o aluguel do Estádio do Pacaembu, para coordenar o trânsito em São Paulo, para o transporte e os lanches oferecidos a militantes, delegados e dirigentes, além da montagem da infraestrutura de palco e som.
No entanto, o valor pode ser ainda maior, já que os gastos dos sindicatos, especialmente com transporte, estão pulverizados e não foram contabilizados.
"Eles escancararam totalmente, perderam e cerimônia. É o dinheiro público em uma movimentação política fora de época", observou Agripino.
Para o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio (AM), é "natural e desejável" que o PSDB entre com representação contra as cinco centrais sindicais, especialmente pelo uso de verba do imposto sindical. "É dinheiro público", sublinhou.
Sobre o fato de os dirigentes já terem sido multados anteriormente, no evento do 1.º de Maio, Virgílio anotou: "Eles estão em uma escalada, testando a Lei Eleitoral e transgredindo em troca de multas irrisórias e achando que vale tudo."
Representantes dos partidos veem uso indevido do imposto sindical na assembleia da Conclat de anteontem, em São Paulo
Roberto Almeida
DEM e PSDB devem entrar com representação na Justiça Eleitoral contra as cinco centrais sindicais - Força, CUT, CGTB, CTB e Nova Central -, que realizaram anteontem a assembleia da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), no Estádio do Pacaembu, em São Paulo.
O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou que o caso já está sob análise do departamento jurídico da legenda. "Se é para cumprir nosso papel, nós vamos cumprir, mesmo que para eles não faça a menor diferença", disse, sobre os dirigentes sindicais que discursaram na Conclat.
"O desrespeito é diário e permanente", afirmou Maia. "Se voltaram a fazer dossiê (referência ao suposto dossiê contra o pré-candidato tucano José Serra), são capazes de fazer de tudo."
Na Conclat, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, baixou o tom durante sua fala, temendo represálias da Justiça Eleitoral. No dia anterior, em evento com movimentos sociais, havia chamado Serra de "um sujeito" capaz de gerar "conflito social" e tirar o direito dos trabalhadores.
Artur Henrique, presidente da CUT, que também havia atacado Serra um dia antes, falou na Conclat em "não permitir o retrocesso", referindo-se ao pré-candidato tucano. Em seguida, citou nominalmente Fernando Henrique Cardoso, com críticas à sua gestão na Presidência.
Além dos discursos dos presidentes, o evento todo, com quatro horas de duração e dezenas de pronunciamentos de dirigentes sindicais, foi permeado por falas incisivas em favor da petista Dilma Rousseff e rasgados elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em um vídeo, apresentado no telão do estádio, a menção à exploração do petróleo do pré-sal foi coberta por uma imagem de Lula.
Imposto sindical. O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), classificou a assembleia da Conclat no Pacaembu como "mais um capítulo de uma lamentável novela de uso do dinheiro público em favor da estrutura governista".
O senador se refere ao uso do dinheiro arrecadado pelas centrais com o imposto sindical ? valor de um dia de trabalho ao ano de todo trabalhador com carteira assinada ? para custear o evento.
Segundo Paulinho, as cinco centrais sindicais empenharam R$ 800 mil para pagar o aluguel do Estádio do Pacaembu, para coordenar o trânsito em São Paulo, para o transporte e os lanches oferecidos a militantes, delegados e dirigentes, além da montagem da infraestrutura de palco e som.
No entanto, o valor pode ser ainda maior, já que os gastos dos sindicatos, especialmente com transporte, estão pulverizados e não foram contabilizados.
"Eles escancararam totalmente, perderam e cerimônia. É o dinheiro público em uma movimentação política fora de época", observou Agripino.
Para o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio (AM), é "natural e desejável" que o PSDB entre com representação contra as cinco centrais sindicais, especialmente pelo uso de verba do imposto sindical. "É dinheiro público", sublinhou.
Sobre o fato de os dirigentes já terem sido multados anteriormente, no evento do 1.º de Maio, Virgílio anotou: "Eles estão em uma escalada, testando a Lei Eleitoral e transgredindo em troca de multas irrisórias e achando que vale tudo."
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