DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - O governo jura que não tem nada a ver com isso, mas o abraço da seleção brasileira com o ditador de Zimbábue, Robert Mugabe, é dessas cenas que entram para a história e nos matam de vergonha. E num quesito em que o Brasil não anda muito bem ultimamente.
Enquanto o mundo ocidental quer impor sanções ao Irã e vive de condenação em condenação a regimes como os do Sudão, do Congo, da Coreia do Norte e do Zimbábue, onde se perseguem adversários políticos e se matam pessoas a rodo, o Brasil tenta contemporizar, por exemplo, no Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Sem contar os episódios recentes envolvendo Cuba. Quem se esquece dos boxeadores dissidentes sendo despachados do Brasil para Havana num avião do governo venezuelano? E da foto de Lula às gargalhadas com os irmãos Fidel e Raúl Castro, na ilha, justamente no dia da morte de um opositor do regime em greve de fome?
Com esse passivo do tamanho de um elefante, sob o argumento de que é menos perigoso conversar do que isolar, tudo o que o governo não quer é, a esta altura do campeonato -e da própria Copa do Mundo-, aparecer com a nossa seleção nessa foto com Mugabe.
É por isso que, enquanto Dunga e seus homens se aqueciam legitimando o ditador lá, Planalto e Itamaraty saíam de campo cá: não foi uma operação diplomática, o governo não teve nenhuma influência, não temos nada a ver com isso, a CBF é que se explique...
Se a seleção está no ataque, o governo está na defesa. Diz que Lula irá pela 11ª vez à África em julho e em nenhuma delas pisou no Zimbábue. E a recíproca é verdadeira: Mugabe também nunca visitou o Brasil nestes oito anos de Lula.
Aliás -olhaí a pimenta diplomática-, o que se lembra é que a última vez que ele veio ao Brasil foi em 1999, no governo tucano de Fernando Henrique. De lá para cá, parece que piorou muito.
BRASÍLIA - O governo jura que não tem nada a ver com isso, mas o abraço da seleção brasileira com o ditador de Zimbábue, Robert Mugabe, é dessas cenas que entram para a história e nos matam de vergonha. E num quesito em que o Brasil não anda muito bem ultimamente.
Enquanto o mundo ocidental quer impor sanções ao Irã e vive de condenação em condenação a regimes como os do Sudão, do Congo, da Coreia do Norte e do Zimbábue, onde se perseguem adversários políticos e se matam pessoas a rodo, o Brasil tenta contemporizar, por exemplo, no Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Sem contar os episódios recentes envolvendo Cuba. Quem se esquece dos boxeadores dissidentes sendo despachados do Brasil para Havana num avião do governo venezuelano? E da foto de Lula às gargalhadas com os irmãos Fidel e Raúl Castro, na ilha, justamente no dia da morte de um opositor do regime em greve de fome?
Com esse passivo do tamanho de um elefante, sob o argumento de que é menos perigoso conversar do que isolar, tudo o que o governo não quer é, a esta altura do campeonato -e da própria Copa do Mundo-, aparecer com a nossa seleção nessa foto com Mugabe.
É por isso que, enquanto Dunga e seus homens se aqueciam legitimando o ditador lá, Planalto e Itamaraty saíam de campo cá: não foi uma operação diplomática, o governo não teve nenhuma influência, não temos nada a ver com isso, a CBF é que se explique...
Se a seleção está no ataque, o governo está na defesa. Diz que Lula irá pela 11ª vez à África em julho e em nenhuma delas pisou no Zimbábue. E a recíproca é verdadeira: Mugabe também nunca visitou o Brasil nestes oito anos de Lula.
Aliás -olhaí a pimenta diplomática-, o que se lembra é que a última vez que ele veio ao Brasil foi em 1999, no governo tucano de Fernando Henrique. De lá para cá, parece que piorou muito.
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