DEU EM O GLOBO
À PF, consultor diz que foi ex-diretor que disse que propina era para campanha
Tatiana Farah
SÃO PAULO. Depois de prestar depoimento de quase sete horas na superintendência da Polícia Federal, Rubnei Quícoli, autor das denúncias de tráfico de influência na Casa Civil, transferiu ontem para o ex-diretor dos Correios Marco Antonio de Oliveira a responsabilidade pela afirmação de que a suposta propina de R$5 milhões - cobrada da empresa EDRB, que ele representa - serviria para cobrir despesas da ex-ministra Erenice Guerra e da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.
Ele confirmou que a empresa ligada à família de Erenice Guerra, a Capital Assessoria, foi usada para uma intermediação com o governo para construção de uma usina de energia solar pela ERDB. Mas disse não conhecer pessoalmente os filhos da ex-ministra, Israel e Saulo Guerra.
Quícoli acusa ex-integrantes do governo de tentar intermediar negócios e cobrar uma propina de R$5 milhões para a construção de uma usina de energia solar no Nordeste que custaria, segundo ele, R$9 bilhões. Segundo o BNDES, o empreendimento custaria R$2,5 bilhões e o empréstimo foi negado no final de março passado.
Após o depoimento, Quícoli disse que não partiu dele a afirmação de que os R$5 milhões seriam usados na campanha de Dilma. Mais adiante, quando questionado se a então ministra Erenice sabia das transações que ocorriam na Casa Civil, Quícoli voltou a afirmar:
- Eu não sei. Nunca posicionei uma informação dessa. A única informação que eu coloquei foi que Marco Antonio me pediu esse valor para poder acertar alguma coisa entre eles lá. Eu nunca disse que esse dinheiro era para PT, para a campanha da Dilma. Isso daí nunca foi relacionado. Essas perguntas muitas vezes relacionadas para favorecer uma parte ou outra não têm cabimento. Os documentos foram expostos para toda a mídia.
Quícoli disse ter reafirmado à PF as denúncias e entregado os documentos que já havia passado à imprensa, como e-mails trocados com empresários e, supostamente, integrantes do governo, como o ex-assessor da Casa Civil Vinícius Castro, que saiu do governo depois do escândalo.
- Tudo o que foi enviado para a imprensa foi o que foi declarado à PF. Nada mais.
A principal acusação de Quícoli recai sobre Marco Antonio de Oliveira. Segundo Quícoli, a empresa Capital Assessoria, dos filhos de Erenice Guerra e ligada a Vinícius Castro, sobrinho de Oliveira, seria usada para intermediar o negócio.
- Fiquei surpreso que o papel dele veio à tona agora, pela mídia agora. Não por mim. Eu não sabia quem era Israel, quem era Saulo.
Além de Quícoli, prestaram depoimento na PF os donos da empresa EDRB, que teria sido representada por ele no projeto de energia solar. Os empresários Aldo Wagner e Marcelo Scarlassara ficaram pouco mais de duas horas na Superintendência da Polícia Federal. Entraram e saíram do prédio sem dar entrevista.
À PF, consultor diz que foi ex-diretor que disse que propina era para campanha
Tatiana Farah
SÃO PAULO. Depois de prestar depoimento de quase sete horas na superintendência da Polícia Federal, Rubnei Quícoli, autor das denúncias de tráfico de influência na Casa Civil, transferiu ontem para o ex-diretor dos Correios Marco Antonio de Oliveira a responsabilidade pela afirmação de que a suposta propina de R$5 milhões - cobrada da empresa EDRB, que ele representa - serviria para cobrir despesas da ex-ministra Erenice Guerra e da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.
Ele confirmou que a empresa ligada à família de Erenice Guerra, a Capital Assessoria, foi usada para uma intermediação com o governo para construção de uma usina de energia solar pela ERDB. Mas disse não conhecer pessoalmente os filhos da ex-ministra, Israel e Saulo Guerra.
Quícoli acusa ex-integrantes do governo de tentar intermediar negócios e cobrar uma propina de R$5 milhões para a construção de uma usina de energia solar no Nordeste que custaria, segundo ele, R$9 bilhões. Segundo o BNDES, o empreendimento custaria R$2,5 bilhões e o empréstimo foi negado no final de março passado.
Após o depoimento, Quícoli disse que não partiu dele a afirmação de que os R$5 milhões seriam usados na campanha de Dilma. Mais adiante, quando questionado se a então ministra Erenice sabia das transações que ocorriam na Casa Civil, Quícoli voltou a afirmar:
- Eu não sei. Nunca posicionei uma informação dessa. A única informação que eu coloquei foi que Marco Antonio me pediu esse valor para poder acertar alguma coisa entre eles lá. Eu nunca disse que esse dinheiro era para PT, para a campanha da Dilma. Isso daí nunca foi relacionado. Essas perguntas muitas vezes relacionadas para favorecer uma parte ou outra não têm cabimento. Os documentos foram expostos para toda a mídia.
Quícoli disse ter reafirmado à PF as denúncias e entregado os documentos que já havia passado à imprensa, como e-mails trocados com empresários e, supostamente, integrantes do governo, como o ex-assessor da Casa Civil Vinícius Castro, que saiu do governo depois do escândalo.
- Tudo o que foi enviado para a imprensa foi o que foi declarado à PF. Nada mais.
A principal acusação de Quícoli recai sobre Marco Antonio de Oliveira. Segundo Quícoli, a empresa Capital Assessoria, dos filhos de Erenice Guerra e ligada a Vinícius Castro, sobrinho de Oliveira, seria usada para intermediar o negócio.
- Fiquei surpreso que o papel dele veio à tona agora, pela mídia agora. Não por mim. Eu não sabia quem era Israel, quem era Saulo.
Além de Quícoli, prestaram depoimento na PF os donos da empresa EDRB, que teria sido representada por ele no projeto de energia solar. Os empresários Aldo Wagner e Marcelo Scarlassara ficaram pouco mais de duas horas na Superintendência da Polícia Federal. Entraram e saíram do prédio sem dar entrevista.
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