Com proposta de criar novo partido, prefeito entraria para a base governista
Flávio Freire
SÃO PAULO. Enquanto preparava sua viagem para passar o carnaval em Paris, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não só reafirmou o interesse em deixar o DEM como abriu espaço na agenda para discutir com integrantes do governo federal um possível acordo político com vistas a 2014. Ciente da falta de espaço para negociar com o PSDB aliança em que seria cabeça de chapa na disputa ao governo de São Paulo, o prefeito teria aceitado inflar a base da presidente Dilma Rousseff com o propósito de receber o apoio do governo federal e do PT na próxima eleição estadual. Há, porém, forte resistência de petistas.
Emissários do Planalto teriam garantido espaço ao novo aliado na administração federal - a forma como ele poderia participar é mantida em segredo e vista como "absurda" por membros do PT de raiz. Ao deixar o DEM, o prefeito criará nova legenda, informalmente batizada de Partido Democrático Brasileiro (PDB), que pode se fundir ao PSB. Até o vice-governador paulista, Guilherme Afif Domingos (DEM), teria mostrado interesse no novo partido.
Em troca de apoio a Kassab, o governo federal espera do prefeito a mesma fidelidade que ele mostrou ter ao ex-governo José Serra (PSDB).
- Esse é um assunto que já circula no partido, mas de forma embrionária - diz um membro do PT estadual.
Aos dirigentes do DEM, na semana passada, Kassab avisou que está disposto a engrossar a base dilmista. Por mais que petistas radicais rejeitem a ideia, o prefeito vem costurando alianças informais. A direção petista já avalia a possível dobradinha com Kassab. Se antes ele era visto como inimigo, principalmente pela relação com o malufismo, agora petistas não escondem a possibilidade. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu dissera que não é verossímil discutir apoio a Kassab em 2014 agora em 2011, mas afirmou que Kassab na base de Dilma é bem-vindo.
- Não podemos desqualificar Kassab. Posso ter divergência, mas tenho o maior respeito por ele - disse Dirceu.
O eventual acordo de Kassab com o governo federal estaria sendo visto pelo PT como forma de neutralizar o tucano Serra, que teria interesse em voltar à cena política novamente pelas portas do Palácio dos Bandeirantes, e não mais pela prefeitura, o que aconteceria em 2012. A proposta de criação de um novo partido, inclusive, teria saído de dentro do Planalto.
FONTE: O GLOBO
Flávio Freire
SÃO PAULO. Enquanto preparava sua viagem para passar o carnaval em Paris, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não só reafirmou o interesse em deixar o DEM como abriu espaço na agenda para discutir com integrantes do governo federal um possível acordo político com vistas a 2014. Ciente da falta de espaço para negociar com o PSDB aliança em que seria cabeça de chapa na disputa ao governo de São Paulo, o prefeito teria aceitado inflar a base da presidente Dilma Rousseff com o propósito de receber o apoio do governo federal e do PT na próxima eleição estadual. Há, porém, forte resistência de petistas.
Emissários do Planalto teriam garantido espaço ao novo aliado na administração federal - a forma como ele poderia participar é mantida em segredo e vista como "absurda" por membros do PT de raiz. Ao deixar o DEM, o prefeito criará nova legenda, informalmente batizada de Partido Democrático Brasileiro (PDB), que pode se fundir ao PSB. Até o vice-governador paulista, Guilherme Afif Domingos (DEM), teria mostrado interesse no novo partido.
Em troca de apoio a Kassab, o governo federal espera do prefeito a mesma fidelidade que ele mostrou ter ao ex-governo José Serra (PSDB).
- Esse é um assunto que já circula no partido, mas de forma embrionária - diz um membro do PT estadual.
Aos dirigentes do DEM, na semana passada, Kassab avisou que está disposto a engrossar a base dilmista. Por mais que petistas radicais rejeitem a ideia, o prefeito vem costurando alianças informais. A direção petista já avalia a possível dobradinha com Kassab. Se antes ele era visto como inimigo, principalmente pela relação com o malufismo, agora petistas não escondem a possibilidade. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu dissera que não é verossímil discutir apoio a Kassab em 2014 agora em 2011, mas afirmou que Kassab na base de Dilma é bem-vindo.
- Não podemos desqualificar Kassab. Posso ter divergência, mas tenho o maior respeito por ele - disse Dirceu.
O eventual acordo de Kassab com o governo federal estaria sendo visto pelo PT como forma de neutralizar o tucano Serra, que teria interesse em voltar à cena política novamente pelas portas do Palácio dos Bandeirantes, e não mais pela prefeitura, o que aconteceria em 2012. A proposta de criação de um novo partido, inclusive, teria saído de dentro do Planalto.
FONTE: O GLOBO
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