ENTREVISTA – JUNGMANN
Raul Jungmann foi prudente nas críticas ao governo do Estado, mas não economizou nos ataques à Prefeitura do Recife. Sinal, mais um, de que não pretende sair da disputa pelo Executivo municipal em 2012.
JORNAL DO COMMERCIO – A proposta de um grupo de trabalho da oposição tem respaldo de todo o partido?
RAUL JUNGMANN – Vamos debater isso hoje, mas já fizemos uma consulta e a aceitação foi boa.
JC – Qual o melhor caminho para a oposição neste momento?
JUNGMANN – A oposição não pode ficar presa ao passado, se apegando a slogans. Temos que atualizar nossa agenda, reconhecendo os avanços do Estado na área de economia e identificando aqueles pontos que não evoluíram. Um ponto positivo do governo são os investimentos em Suape e a geração de empregos. Porém, há destruição do meio ambiente, mais violência e uso de drogas.
JC – E no Recife, qual o discurso?
JUNGMANN – Precisamos deixar claro que o projeto do PT se esgotou. O prefeito João da Costa é um remendador geral. No entanto, o projeto petista não tem mais como colar. Hoje, Pernambuco cresce, mas o Recife é um obstáculo ao Estado. Isso é dito nas entrelinhas pelo governador Eduardo Campos. O Recife não está linkado aos principais polos de desenvolvimento. Estamos virando uma cidade dormitório e a qualidade de vida do recifense está degradada.
JC – Na sua visão, a situação do Recife é tão ruim assim?
JUNGMANN – O recifense hoje está mais religioso, porque vive rezando para não chover. Quando chove, viramos náufragos. Saímos de casa sem saber se iremos voltar. A cidade está sem rumo.
FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)
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