quinta-feira, 2 de junho de 2011

A proposta eleitoral do PPS

RUMO ÀS ELEIÇÕES: Partido decide convocar demais siglas de oposição para, desde já, trabalharem um projeto comum para 2012 e 2014

Franco Benites

Mais um projeto da oposição está para ser gestado. Até a próxima semana, o PPS encaminhará às demais siglas oposicionistas um convite para a criação de um grupo de trabalho que garanta unidade ao bloco em 2012 e 2014. Os detalhes finais do comunicado serão discutidos hoje durante a reunião de sua Executiva estadual. “O objetivo é agregar os partidos para pensar o Estado. Se acharem que isso exige mais maturação, podemos focar inicialmente no âmbito municipal”, destacou o ex-deputado federal e presidente estadual da legenda Raul Jungmann.

O objetivo do PPS é que o grupo atue em três frentes. A primeira será a definição de uma agenda de trabalho comum na Assembleia Legislativa e Câmara de Vereadores. Em seguida, o partido visa estabelecer um fórum de debates com a sociedade civil. Por fim, viriam as discussões em torno das alianças visando as próximas eleições. “Hoje, falta uma maior proximidade entre os partidos e um mecanismo de troca de ideias mais eficiente”, criticou.

Cotado como um dos possíveis candidatos da oposição à Prefeitura do Recife, Jungmann defende que dessa atuação em comum pode surgir o nome de quem de fato representará o bloco. “No momento, ninguém precisa abrir mão de seus projetos. A decisão sobre quantos e quais serão os candidatos irá depender de como nossa articulação vai se dar”, argumentou. Ele declarou que está confiante no sucesso da proposta. “Acho que o projeto terá uma boa acolhida até pelo fato de que o PPS não se propõe a liderar nada. Nosso papel é o de provocar para que o processo tenha início”, disse.

Na opinião de Jungmann, a oposição só irá conseguir ter êxito se as condições entre seus membros forem menos discrepantes. “Precisamos ter em mente que será uma reunião entre iguais. Inclusive, a meta é que haja uma coordenação rotativa com cada partido ficando à frente do projeto por dois ou três meses”, reforçou. A ideia pode ser vista como uma tentativa do PPS equilibrar sua força com o DEM, PSDB e PMDB, partidos que antes do PT e PSB chegarem ao poder tiveram representantes na Prefeitura do Recife, governo do Estado e Senado.

FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)

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