Dois dos quatro pré-candidatos indicam apoiar ex-governador, mas após as prévias
Fernando Gallo
Os dois pré-candidatos tucanos tidos pelo governo paulista como os mais propensos a aceitar uma desistência em favor de José Serra, se vencerem as prévias de 4 de março, deram sinais de que podem negociar com a cúpula do partido.
Indagado sobre o assunto, o secretário de Cultura, Andrea Matarazzo, o mais próximo de Serra entre os quatro postulantes, afirmou ser "ofensivo" que se fale em acordos ou compensações para abrir mão de uma eventual candidatura, mas deixou as portas abertas para tratativas após as eleições internas.
"(Caso) vencedor das prévias, tenho que discutir com o governador e com o partido o processo eleitoral para a frente", disse, e comentou sobre Serra: "O principal interessado não se manifestou. Enquanto ele não se manifestar, eu não vou conjecturar".
Diante das mexidas no cenário com a possibilidade da entrada de Serra, o secretário de Meio Ambiente, Bruno Covas, pré-candidato mais alinhado com o governador Geraldo Alckmin, fez o Palácio dos Bandeirantes saber que topa conversar, mas disse que o jogo precisa ser "bem acertado" entre as partes. Segundo um tucano, Bruno anda "muito apreensivo" com as implicações de um "sim" de Serra.
Publicamente, no entanto, ele afirmou que a hipótese da desistência é "absurda", e sustentou que não passa de especulação. "Seria um desrespeito a todos aqueles que vão votar no dia 4 de março. Não tem nenhum sentido você pedir a opinião dos 20 mil filiados e depois desrespeitar essa decisão", afirmou.
O secretário José Aníbal (Energia) esbravejou diante da tese da cessão da vaga. "No que se refere a mim, nenhuma hipótese. Esse povo precisa aprender a respeitar os outros. Imagina! Eu tenho história de vida, fui presidente de partido, líder, secretário. Que história é essa?", indagou.
FONTE: O ESTADO DE S. PAULO
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